Amor*
O amor existe? Sim, existe. Apenas um lembrete: quando o vivenciamos, não podemos avaliar direito esse sentimento. Vivemos. Amamos. Sonhamos. Tudo como num filme. Muito rápido, velozmente.
Quase sempre o empecilho está nas dificuldades (financeiras, económicas, sociais, e até ideológicas) que limitam a desenvoltura de romance encantador.
Como é terno recordar o sanduíche e o refrigerante que tínhamos de repartir com a namorada. E ela, com nobreza de comportamento, deixava-nos a parte maior!
Com o passar dos anos, chegamos à reflexão. Reconhecemos que aquilo, sim, era amor verdadeiro e puro. Os minutos eram preciosos, e procurávamos tirar deles o melhor.
Entretanto, os obstáculos naturais (e até os não naturais) impediram que a felicidade abrisse a porta e dissesse:
-- Não desista, acredite, estou aqui!
Enfim, devemos esforçar-nos por reconhecer, no tempo certo, o amor verdadeiro, para que não o façamos tarde demais!
Não devemos, pois, permitir que os obstáculos (e são vários com que nos defrontamos na mocidade) atrapalhem, ofusquem e eliminem o que só se conhece uma vez: o amor verdadeiro.
* Brasíia, DF, 19/06/2014. |