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Infantil-->OS TRÊS PELADOS FILHOTINHOS -- 09/01/2005 - 20:51 (MARIA HILDA DE J. ALÃO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos





OS TRÊS PELADOS FILHOTINHOS

Maria Hilda de J. Alão.


Era uma vez, numa floresta, um casal de passarinhos que, apaixonados, fizeram seu ninho na árvore mais alta. A fêmea pôs três ovinhos e, um belo dia, nasceram três pelados filhotinhos.
Foi o dia mais feliz da vida do casal. Agora eles tinham a responsabilidade de cuidar e alimentar três vidinhas. Saíam todos os dias em busca de comida e quando voltavam, lá estavam os três com seus biquinhos abertos esperando o alimento. O tempo foi passando. Eles foram ganhando penas, mas ainda não sabiam voar para procurar comida. Dependiam dos pais.
Um dia o casal saiu para cumprir a sua tarefa. Os três ficaram no ninho com a recomendação: - Não tentem sair, pois lá fora é perigoso.
Ficaram aguardando. O tempo foi passando, a fome apertando e os pais não voltavam. Piaram muito chamando por eles. Nada.
Enquanto isso, no outro lado da floresta, a mãe estava desesperada. O pai ficara preso numa arapuca. Ela voava baixo como que tentando soltar o companheiro. Como? Ela não tinha força no bico para levantar a armadilha. Seu pensamento estava no ninho. Fez de tudo. Como não conseguiu nada, pousou em cima da arapuca e ficou sentada como se estivesse protegendo o seu amado.
Passado uns instantes, ouviu vozes. Eram dois moleques que chegavam tagarelando. O maior dizia ao menor:
- Acho que pegamos um passarinho.
O outro perguntou:
- Posso ficar com ele?
- Pode não, a arapuca é minha e o que estiver nela também é meu.
Estavam quase próximos quando avistaram a mãe em cima da armadilha. O moleque maior não teve dúvidas, sacou o estilingue e, com uma pedrada certeira, matou a pobre ave. O pai tremeu. Os moleques, felizes, levaram o prisioneiro.
Lá, no ninho, a situação era dramática. Os três filhotinhos gritavam de fome. Foi neste momento que, voando solitária, chegou uma papagaia atraída pelos pios dos irmãos. Pousou num galho mais acima do ninho e ficou observando. Entendendo a situação ela voou, poucos minutos depois voltou. Trazia consigo comida e alimentou os irmãos. Finalmente eles se calaram. A papagaia voltou para o galho mais alto e ficou aguardando. Já estava escurecendo e nada dos donos do ninho voltarem. Então, num gesto solidário, ela voltou ao ninho. Acomodou-se. Abriu as asas quentinhas para abrigar os canarinhos órfãos. Ficou por ali um bom tempo com a tarefa de cuidar deles. Ensinou-os a voar, a procurar comida e a evitar as armadilhas. Quando eles partiram para o mundo, ela ficou triste. Sacudiu as penas e voou para o meio da floresta em busca de outros órfãos.

Moral: Só a solidariedade é que pode melhorar o mundo.

(histórias que contava para o meu neto)
 



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