Quando fecho os olhos na escuridão
E me deixo guiar pelos pensamentos
Um corpo nu, tão cheio de tesão,
Produz-me imagens sem cabimento
Vejo o traseiro tão jovem e bem delineado
Esquecido depois de um gozo intenso.
Tal imagem arranca-me versos de pecado
E deixá-los naquele traseiro então eu penso
Tomo uma caneta que me está sempre de plantão
Sou precavido. Para surgir, um poema não tem momento
E tais versos, meus atos de desrazão,
Eu os rabisco naquelas nádegas, sem fingimento.
Fascinada e com o traseiro todo rabiscado
Ela o observa no espelho para ver o que penso
Mas tais estrofes deixam-na com o desejo instigado
Pois é acerca do foder-lhe o rabo que eu verso.