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Cartas-->Estamos precisando dizer muitos NÂO! -- 29/10/2008 - 10:53 (Marcelo de Oliveira Souza :Qualquer valor: pix: marceloescritor2@outlook.com) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Estamos precisando dizer muitos NÂO!


>
> UM ALERTA PARA OS PAIS!!!
>
>
> O que pode criar um monstro? O que leva um rapaz de 22 anos a estragar a
> própria vida e a vida de outras duas jovens por nada?
>
> Será que é índole? Talvez, a mídia? A influência da televisão? A
> situação
> social da violência? Traumas? Raiva contida? Deficiência social ou
> mental?
>
> Permissividade da sociedade? O que faz alguém achar que pode comprar
> armas
> de fogo, entrar na casa de uma família, fazer reféns, assustar e
> desalojar
> vizinhos, ocupar a polícia por mais de 100 horas e atirar em duas
> pessoas
> inocentes?
>
> O rapaz deu a resposta: `ela não quis falar comigo`. A garota disse
> não,
> não quero mais falar com você. E o garoto, dizendo que ama, não
> aceitou um
> não. Seu desejo era mais importante.
>
>
> Mas ontem, enquanto não conseguia dormir pensando nesse absurdo todo,
> pensei que o não da menina Eloá foi o único. Faltaram muitos outros
> nãos
> nessa história toda.
>
>
> Faltou um pai e uma mãe dizerem que a filha de 12 anos NÃO podia
> namorar
> um rapaz de 19. Faltou uma outra mãe dizer que NÃO iria sucumbir ao
> medo e
> ir lá tirar o filho do tal apartamento a puxões de orelha. Faltou
> outros
> pais dizerem que NÃO iriam atender ao pedido de um policial maluco de
> deixar a filha voltar para o cativeiro de onde, com sorte, já tinha
> escapado com vida.
> Faltou a polícia dizer NÃO ao próprio planejamento errôneo de mandar
> a
> garota de volta pra lá. Faltou o governo dizer NÃO ao sensacionalismo
> da
> imprensa em torno do caso, que permitiu que o tal seqüestrador
> conversasse
> e chorasse compulsivamente em todos os programas de TV que o procuraram.
> Simples assim. NÃO. Pelo jeito, a única que disse não nessa história
> foi
> punida com uma bala na cabeça.
>
> O mundo está carente de nãos. Vejo que cada vez mais os pais e
> professores
> morrem de medo de dizer não às crianças. Mulheres ainda têm medo de
> dizer
> não aos maridos ( e alguns maridos, temem dizer não às esposas ).
> Pessoas
> têm medo de dizer não aos amigos. Noras que não conseguem dizer não
> às
> sogras, chefes que não dizem não aos subordinados, gente que não
> consegue
> dizer não aos próprios desejos. E assim são criados alguns monstros.
> Talvez alguns não cheguem a sequestrar pessoas. Mas têm pequenos
> surtos
> quando escutam um não, seja do guarda de trânsito, do chefe, do
> professor,
> da namorada, do gerente do banco. Essas pessoas acabam crendo que abusar
> é
> normal. E é legal.
>
> Os pais dizem, `não posso traumatizar meu filho`. E não é raro eu ver
> alguns tomando tapas de bebês com 1 ou 2 anos. Outros gastam o que não
> têm
> em brinquedos todos os dias e festas de aniversário faraônicas para
> suas
> crias.
> Sem falar nos adolescentes. Hoje em dia, é difícil ouvir alguém dizer
> não,
> você não pode bater no seu amiguinho. Não, você não vai assistir a
> uma
> novela feita para adultos. Não, você não vai fumar maconha enquanto
> for
> contra a lei. Não, você não vai passar a madrugada na rua. Não,
> você não
> vai dirigir sem carteira de habilitação. Não, você não vai beber
> uma
> cervejinha enquanto não fizer 18 anos. Não, essas pessoas não são
> companhias pra você.
>
> Não, hoje você não vai ganhar brinquedo ou comer salgadinho e
> chocolate.
> Não, aqui não é lugar para você ficar. Não, você não vai faltar
> na escola
> sem estar doente. Não, essa conversa não é pra você se meter. Não,
> com isto
> você não vai brincar. Não, hoje você está de castigo e não vai
> brincar no
> parque.
>
> Crianças e adolescentes que crescem sem ouvir bons, justos e firmes
> NÃOS
> crescem sem saber que o mundo não é só deles. E aí, no primeiro não
> que a
> vida dá ( e a vida dá muitos ) surtam. Usam drogas. Compram armas.
> Transam sem camisinha. Batem em professores. Furam o pneu do carro do
> chefe.
> Chutam mendigos e prostitutas na rua. E daí por diante.
>
>
> Não estou defendendo a volta da educação rígida e sem diálogo, pelo
> contrário. Acredito piamente que crianças e adolescentes tratados com
> um
> amor real, sem culpa, tranquilo e livre, conseguem perfeitamente
> entender
> uma sanção do pai ou da mãe, um tapa, um castigo, um não. Intuem que
> o amor
> dos adultos pelas crianças não é só prazer - é também
> responsabilidade.
> E quem ouve uns nãos de vez em quando também aprende a dizê-los
> quando é
> preciso. Acaba aprendendo que é importante dizer não a algumas pessoas
> que
> tentam abusar de nós de diversas maneiras, com respeito e firmeza,
> mesmo
> que sejam pessoas que nos amem. O não protege, ensina e prepara.
>
> Por mais que seja difícil, eu tento dizer não aos seres humanos que
> cruzam
> o meu caminho quando acredito que é hora - e tento respeitar também os
> nãos
> que recebo. Nem sempre consigo, mas tento. Acredito que é aí que está
> a
> verdadeira prova de amor. E é também aí que está a solução para a
> violência cada vez mais desmedida e absurda dos nossos dias.
>
>
>


Quem tem filho precisa estar sempre atento aos pequenos gestos. NÃO!!!!


*********************************************
O texto disse tudo!

Marcelo de OLiveira Souza
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