O parafuso vivia solitário na infinita imensidão da sala de manutenção. Totalmente desconectado, melhor desparafusado pois levara um chega pra lá da dona rosca que, ficara com ciúmes da prosa dele com a madeira que intrometida, se encantou pelo sr parafuso. Mas parafuso estava determinado a lutar pelo amor da dona rosca, sua anfitriã no bailes das ferramentas no último carnaval. A madeira por ser maior, chamava mais a atenção do Sr parafuso que não questionava tamanha formosura. Ela tinha pele de ipê com jatobá, uma boa miscigenação. Já a dona rosca coitada só tinha origem cobreana e teve que fazer uma cirurgia plástica corretiva para ao mundo das ferramentas se adequar. Mesmo insignificante, ela inspirava o Sr parafuso a batalhar por um rosqueamento matrimonial. Até que vencido pelo cansaço, conseguiu enfim rosquear-se até que a morte os separasse.