A análise comportamental do homem que deixou de sentir
Em tempos líquidos, não é somente a efemeridade da vida que está em evidência. Os sentimentos absorvidos logo na infància, asseguram a atitude frente à vida e aos relacionamentos que passam a ser consumidos. Vive-se num período em que o consumo nocauteia o sentir e quando se percebe, há apenas o oco em um ser que morto está. Consumi-se até o desejo e se estabelece uma muralha que separa o mundo dos que sentem, dos que consomem. Consumir, desejar e sentir se fossem representados geometricamente, refletiriam a imagem de um isósceles em que a base seria um pequeno traço do sentir, fazendo com que toda a estrutura desmoronasse. O homem, ser isósceles, cuja base é enfraquecida pela união instável do desejar e consumir.