Sabe, de repente, doi no peito aquela saudade inexplicável, fagulha trazida pelo vento que faz queimar a grama seca e incendeia a alma e irrompe como uma explosão... Basta o som dolente de uma guitarra, uma voz que parece vir de antanho, um livro antigo, uma pétala murcha e descolorida arremessada ao chão, o vulto querido que partiu algum dia distante e jamais retornou, mas permanece vivo nas nossas recordações, a infância dos filhos agora adultos, a casa vazia, um perfume inesperado que se espalha no ar...é saudade, sim, saudade da vida que se esvai e se esgarça no rápido caminhar do tempo... |