Caros amigos,
Há quem cruze caminhos alheios,
querendo ordená-los.
Muitos dos que, por direito,
indicavam direções,
lamento, já se foram.
Se, bom dizer em liberdade,
melhor, respeitar a voz
e os ouvidos vizinhos.
Se, bom viver em comunidade,
melhor, respeitar
a vivência e a vontade
dos que transitam ao lado.
Juramento à liberdade do querer.
Maria da Graça Almeida
Juro sempre querer:
meu pé, impune, a escolher
o chão onde pisar;
os olhos, livres, optando
pela direção de seu olhar;
a boca abrindo-se larga,
para brindar ou blasfemar;
os braços restritos apenas
pela liberdade e extensão
da abertura dos braços
de cada um dos irmãos.
E, com esta intenção,
mesmo sem norma ou critério,
com total convicção,
transparente, sem mistério,
eu, sim, juro, sim,
e isto é sério!
Mas só juro, sim...
porque quero!
Maria da Graça Almeida/SP/
Da antologia:Timor Esperança
S.Editores-Porto Alegre
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