Fonte: www.udoklinger.de
O palácio amaldiçoado
Nos velhos tempos, entre Schwerte e Wandhofen, onde agora é o pântano de Wandhofen, ergueu-se um grande e esplendoroso palácio, cuja história mais antiga não é mais conhecida. Sabe-se apenas que o último dono dele viveu em esplendor e opulência e que, para poder satisfazer seus desejos e opções, fez aliança com o Que-não-se-diga. Depois deste lhe ter servido por longo tempo, ambos entraram em discórdia, pois o Faca-fria queria levar o nobre. O tempo de vida dele ainda não havia expirado, mas o Tinhoso já tinha tornado invisível o palácio, estimulando moradores a acompanhá-lo para o martírio eterno, além de tirar poderes que havia dado ao nobre. Com tais iniciativas, não pôde levá-los então até ao inferno. Por isso, permaneceu em seu antigo lugar e, apenas, não se tornou novamente visível naquele ambiente. Porém, a cada cem anos, ele vem e aparece no terceiro dia da lua-cheia, quando ela fica totalmente clara. Num desses centenários, um honorável homem de Wandhofen, viu o Galhardo.
Por vários anos, o Beiçudo ia à frente, quando ele voltava de Schwerte para Wandhofen, passando pelo pântano de Wandhofen, sempre à meia-noite, hora exata em que a Lua cheia mais resplandece. Certa vez o caminho desapareceu, e ele se encontrou numa terra estrangeira, por onde nunca havia passado, nem visto. Frente a ele estava belo, magnífico e reluzente, formidável palácio, que o deixou arrebatado de júbilo e assediado por bela e nunca ouvida melodia.
Por bom tempo, ele ficou maravilhado. Mas, quando se lembrou da lenda do maldito palácio, apressou-se apavorado em sair dali. Mas ele não pôde achar novamente o caminho. Por duas horas, aproximadamente, ele vagou cheio de medo ao redor daquela loucura, até que pôde ouvir algo batendo ao longe. Ele correu para lá e, felizmente, chegou à aldeia Wandhofen. Na manhã seguinte, ele voltou com muitas pessoas ao pântano, mas eles não encontraram nada visível. Eles somente sentiram, em certo trecho acidentado, um forte cheiro do Rabudo (*).
(*) N. T. (Nota para o Tim) O cheiro do Gênio das Trevas, por via de regra, é representado pelo odor característico do elemento de número atômico 16, não metálico, cristalino, amarelo, vulgarmente chamado de enxofre [símb.: S.], sendo tal elemento hoje utilizado em diversas indústrias, talhas e bilhas. Anda, também, na moringa de gente que gosta de fazer feitiço...
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