Estranho vulto
maria da graça almeida
Do conto, o enredo, na boca, segredos.
Faz bicos, faz manhas, da vida apanha
e volta para casa, voando sem asas,
dormindo bem cedo, do escuro com medo.
Nas noites sem portas, carrega nas costas
um saco de nuvem com risos e rimas
de versos adultos, de graça ranzinza,
estranho um vulto de face menina.
Maria da Graça Almeida
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