Do passado que fui, tenho muita coisa pra contar, a quem interessar possa. Vivi e absorvi lembranças que ajudaram a construir o ser sempre em reconstrução. Derrubei muros, abri caminhos, bati de frente e fui paradoxal. Caí em armadilhas e emboscadas que boas ou ruins, garantiram a firmeza do SER NO EU, que permite analisar sem julgar. Tenho todas as fúrias controladas em regime carcerário sem liberdade condicional. Apropriei o que em mim estava inapropriado e desapropriei do que nunca fora meu. Aos demais, dei o recado merecido quando pretendiam vangloriar-se de um passado que nunca fora meu. Herdei por forças das circunstancias, uma trajetória que traçou caminho sem me pertencer pois da vida, sou gente que sempre de passagem desce em cada estação e retoma o caminho do tempo à frente do passado e presente que a mim não pertence.