Voltando aos tempos bíblicos encontramos no velho testamento o êxodo, fuga dos hebreus
do Egito após serem escravizados durante 400 anos para a Palestina por volta de 1250 a.C., liderados por Moisés, época em que vagaram por 40 anos pelo deserto do Sinai.
Os hebreus nessa época eram o “povo escolhido” por Deus para ocupar Canaã, a chamada terra prometida onde hoje fica Israel e se fixaram lá depois de algumas guerras com povos que já ocupavam esta região.
Depois desse fato observamos que ao longo da história da humanidade muitos povos consideraram-se os escolhidos por Deus e em nome disso muitas guerras e muito sangue foi derramado em vão.
As cruzadas foram feitas sobre o pretexto de reconquistar as terras que os católicos da época, que se consideravam escolhidos por Deus, perderam para os “infiéis”, era a luta contra os inimigos de Deus, fossem mulçumanos, heréticos, pagãos e até cristãos ortodoxos. O guerreiro era recompensado com a indulgência (perdão dos pecados) depois da luta, estendida a suas esposas casos permanecessem fiéis aos seus maridos.
Com o fim da idade média e o inicio das navegações que culminaram com a descoberta de novas colônias, os ingleses começaram a se sentir os queridinhos de Deus, fato que sempre permeou o seu inconsciente coletivo desde os primórdios de suas origens.
As pessoas que vieram para a nova Inglaterra, assim eram denominados os Estados Unidos naquela época, era em sua maioria cristãos fundamentalistas que acreditavam serem o povo escolhido por Deus.
Com a independência americana promovida por George Washington que proclamava, em seu discurso de inauguração, que cada passo em direção à independência era "caracterizado por alguma marca da providência" os americanos então assumiam em seu inconsciente que agora eram eles o povo escolhido por Deus.
Assim também se deu com os nazistas que usaram parte dessa ideologia para colocar em prática seu plano de expansão e de controle do mundo, exterminando aqueles que eles achavam ser impuros e indignos de viver segundo os desígnios de suas crenças doentias.
Olhando para a forma como os americanos se comportam hoje em dia em relação a sua política externa temos pistas de algo muito maior que há por trás dessa postura imperialista em todos os aspectos, como o cultural por exemplo, o tal “american way of life” tem como objetivo difundir ao mundo inteiro que a cultura americana é que é a certa.
Gradualmente, esta noção de eleição divina foi permeada com uma outra idéia, ainda mais perigosa. Não só os americanos são o povo escolhido de Deus; a América em si mesma é agora percebida como um projeto divino.
É dessa forma que os americanos se vêem na verdade, consideram especiais aos olhos do todo poderoso, a sua bandeira se tornou algo tão sagrado quanto a bíblia e o seu presidente algo como um sacerdote e isso tudo tem ficado muito claro quando olhamos para George Bush.
A América não são mais só uma nação, agora são como uma religião, os líderes dos EUA se consideram sacerdotes de uma missão divina para livrar o mundo de seus demônios e todos aqueles que “ousarem’ desafiar esse desígnios não estarão só contra os americanos e sim contra o próprio Deus!
Diante disso só me resta dizer:
Que Deus tenha piedade de Nós e que George Bush não vença as próximas eleições americanas!