Cansei de atravessar de um lado a outro das ilhas de Boa Vista e Santo António. Ela, apressada enquanto eu a segurar-lhe na mão, não cansava de olhar o rio que transitava por baixo da ponte. Ficava hipnotizada ao vê-lo abaixo de mim e gostava da brisa que vinha sobre meu rosto. Era a melhor parte de caminhar pela cidade quando ela dizia:" Vamos ao lado de lá." Eu sempre quieta, apenas os olhos percorriam pela cidade, num vai e vem de pessoas e eu lá, sempre ao lado dela segurando pela roupa. Meus olhos conversavam demais pela quantidade de imagens que vinham em minha direção. Era muito bom ver aquele rio jogar sua brisa no meu rosto. Mais perecia que estivesse lavando meu rosto com aquelas águas que um pouco mais adiante iria encontrar o mar. Nas ruas, era forte o cheiro de agulha frita, tapioca... há não podia esquecer os peixes ornamentais que eram vendidos na ponte da Boa Vista, mais conhecida como a Ponte de Ferro. Bastava passar por ali, tinha que comprar. Felicidade... parafraseando uma canção: "Felicidade, é uma cidade pequenina, uma casinha, uma colina, qualquer lugar que se ilumina..." afirmo que é verdade. Conheci essa tal felicidade e a carrego na minha memória emotiva. Talvez assim, justifique o meu presente.
