Na hora do encontro corpo a corpo, todas as verdades não ditas soam como um bálsamo à ela que sorrateiramente deixa-se levar pelo embalo por ele induzido. Jogos eróticos reinam naquele lugar em que celebram a liberdade de serem ao mesmo tempo os anfitriões e os convidados. A voz de Eros a nocautear a guerreira que nunca havia se rendido aos feitiços que o amor provoca. Com palavras de domínio e sedução ela rende-se, mas em seguida o insulta num ato de sobrevivência, pois sabe-se ao amor não há como ceder. Ela a dizer-lhe somente dele pois assim deve ser, ainda que passos à frente, ele a deixe para trás a espera de um novo diálogo mais que sagrado. Algo surreal em que somente os corpos entram em colóquio e ao mesmo tempo dancem a coreografia sem ensaio, por ser natural... por ser amor.