Surgiu no caminho e do nada começou a caminhar na direção da pista que terminava com o início da linha férrea. Entrou na estação e viu diversas crianças fardadas prontas para ir à escola. Uma curiosamente o fitou e ficou admirada com a cor das patas que contrastavam com o resto do corpo. Nada demais até então se não houvesse o intuito de querer pegá-lo. Foi então que o animal num reflexo pra lá de acurado, subiu o muro e de lá de cima ficou a olhar o pequeno grupo de meninos. O gato começou a caminhar e parou para ver o trem passar com a meninada nele embarcada. Continuou o trajeto por cima do muro como um verdadeiro guardião do mundo a ele alheio. A passos de um mestre do equilíbrio, avistou um roedor que media quase a metade de seu tamanho e avistou dali um prato perfeito para a hora do almoço. Preparou o corpo para o pulo certeiro sobre a presa que também estava a caçar uma barata. O rato estava tão ocupado a correr atrás do asqueroso animal que não percebeu o grande risco que corria. Acertando em cheio no alvo, o gato conseguiu capturar o animal que suplicou-lhe a preservação da vida através de uma aliança estratégica que findaria em benefícios a ambos. O gato então ouviu atentamente a proposta do parceiro roedor em que o lançaria candidato à presidência de sua colónia composta por um casal de ratazana, a comandar uma população de catitas. Mas para isso, o gato deveria doar parte de sua caça em troca do ninho de catitas bebês que seriam por ele educadas quanto à estratégia de captura de baratas. O felino pensou, pensou e decidiu fazer a aliança que perdurou por anos, geração a geração tanto por parte dos felinos como por parte dos roedores. A nação chama-se Brasil.