Manhã de chuva tímida na cidade ainda sonolenta a cada passo de preguiça que mantém o corpo ainda preso à cama. Até o sol resolveu prolongar um pouco mais seu sono e atrasou sua aparição. Mas ninguém reclamou porque não havia necessidade das pressas fantasiosas criadas para supor uma importància que não existe, pois o que há mesmo é a pulsação que bombeia o fluido vermelho e segue o ritmo e ritual da natureza. Não há comandos sobre o que já está programado e muito menos superiores e subordinados. Tudo organizado na harmonia natural que dispensa a ordem a ser dada. Lá, está o astro rei que se espreguiça no caos de suas explosões e faz todos girarem à sua volta em o egocentrismo do humananimal que fica só como um mero figurante do teatro universal. A cada giro, a Terra dança na coreografia do universo enquanto a grande peça estreia na sua superfície, o espetáculo da vida.