A aproximação anuncia a chegada de um tempo mais que novo e mais antigo que a humanidade. Ainda ontem, um ciclo foi iniciado e muita coisa ficou por dar continuidade na efemeridade da vida que saúda a quem está de passagem. O sol insistiu em continuar, entretanto o receio de que nada foi concluído insistiu em instalar o medo do futuro já presente. Imóvel ficou e as ideias foram sepultadas uma a uma sem uma lápide digna. Só o esquecimento faria presença daquilo que um dia sobreviveu, nos raros instantes de esperança. Veio então ela, a nuvem que acompanha o ritmo dos dias na margem dos acontecimentos. Figurando como a maior parte do azul celeste, guiou os pensamentos do receio de viver novas experiências. Mas o rei do sistema continuava a brilhar ainda que a chuva tentasse força ganhar. Dezembro chegou e liquefez todas as nuvens, abrindo novos caminhos... novas chances de vida.