Madrugava e antes que as orações começassem, caminhava em direção ao pátio para consagrar o dia à irmandade celestial. Taciturno, preferia passar o dia fazendo manutenção de suas armas e apetrechos que costumava levar à s atividades. O diálogo do silêncio fazia-lhe tão bem que os anos de vida ainda não tinham realçado-lhe a face com rugas. Essa aparente tranquilidade lhe garantia certa incolumidade diante dos fatos corriqueiros e até mesmo dos que causavam certa euforia no povoado. Certa vez, houve um assalto ao banco local e o delegado sabedor de seu tiro certeiro, solicitou sua ajuda para mirar um dos assaltantes que não tinha conseguido fugir com os demais. Entretanto, o nosso protagonista recusou o pedido da autoridade afirmando que ninguém nasce bandido e sendo todos filhos de um Superior, é dado a oportunidade de trabalhar esse ser por meio da palavra divina. Foi ao local e apontou ao meliante, palavras( ainda que poucas)e, fazendo delas, seu rifle.
A partir desse episódio, a população da cidade já não tinha tanto receio do perfil inóspito do cangaceiro e sempre o citavam como um figura folclórica viva. A cidade foi ganhando então a fama de a cidade do cangaceiro religioso.