Meus seguidores fiéis, a manhã deste domingo foi para mim, bastante agitada, pois além da liturgia Bidiónica, tive que celebrar o batismo de irmãos vindos de Marte. Eles vieram há poucos dias para a Terra e como somente eu tenho a chave que abre a porta do mundo terráqueo, fui o anfitrião e dei as boas-vindas aos recém chegados. Foi tudo muito simples, pois eles já eram batizados em Marte e precisavam apenas da confirmação carimbada por este sacerdote Bidiónico. Após a celebração do batismo, fomos todos à casa paroquial afim de comemorar a chegada ao planeta Terra, desses seres ilustres que de longe vieram para nos estudar. Entre o intervalo de uma fatia de bolo e outra, vários assuntos foram comentados, bem como a crise pelo qual enfrentamos mereceu destaque. Inclusive eles pretendem fazer um mapeamento genético das causas da situação atual, recolhendo impressões digitais e mentais de todas as classes sociais. Com base nos estudos futuros, eles pretendem elaborar a árvore genealógica da crise para apresentar soluções ou alternativas que culminem com melhores condições de bem estar social. Propus então, uma ideia de reciclagem da massa humana em Marte, com transporte financiado pelo governo de lá. Eles então pensaram e até foram simpatizantes da proposta, uma vez que a tecnologia da reciclagem no planeta vermelho está 1000 anos luz à frente. Entretanto, recearam com a possibilidade de contaminação do planeta deles por rejeitos da reciclagem humana, o que poderia afetar a qualidade do ambiente naquela parte do cosmos. Optaram por efetuar os estudos por aqui mesmo, e espero como devoto da liturgia Bidiónica que eles consigam encontrar não apenas a origem, mas a solução para todos os problemas de cá. Por isso, peço desculpas aos meus seguidores pois estarei cochilando por pouco tempo e sendo assim, deixo-vos a paz na saudação Bidiónica.
