QUANDO A CONFIANÇA VENCE O MEDO.
Ao Dr. FLORENTINO NARANJO NETO.
Ana Zélia
A morte rondava o cangaço.
Os urubus se preparavam para o banquete, quase cinqüenta quilos de carniça, seria uma festa.
Como os carneiros que não berram diante da morte, aceitava sangrar até os últimos dias de vida.
Estava escrito, assim seria.
Diz um adágio que ninguém morre de véspera, aquele que designa o nascimento, também o faz da morte. Há mais de um ano seu sangue se esvaia todo o dia, já definhava debilitada sentia tonturas como antecipando os desmaios.
MEDO, MEDO, MEDO de quem poderia ajudar.
Uma luz surgiu no fundo do poço, ela também é filha de Deus e de certeza não merecia aquela morte horrenda, sangrando como os carneiros...
Por recomendação procurou o Dr. Não era preciso marcar consultas, ele atendia por ordem de chegada. Com a coragem-covarde, característica dos escorpianos, ela se apresentou ao Dr. Tentava falar, mas tudo se embolava,
escrevera o Medo, fora cortada a sangue frio numa sala de cirurgia, o bisturi do médico deixou marcas profundas. Foram quatro horas de agonia entre a vida, a pressa, a morte e a ousadia.
Sbreviveu, mas virou gado marcado até hoje, tem medo da palavra cirurgia...
“Deus escreve certo por linhas tortas”, diz o adágio.
Percebendo o drama da paciente que tentava acreditar que Deus ainda existia o Dr. pediu que ela dissesse apenas o que sentia.
Assim o fez.
Após ouvi-la explicou que teria que examiná-la, era só rotina.
Foram minutos de angústia, lembrava de “Policarpo Quaresma”,
seu triste fim, ali estava a guerreira entregue nas mãos do profissional.
Ao retornar à sala de consultas o Dr. solicitou à atendente que colocasse suas mãos sobre a cabeça da paciente e mostrando concentração perguntou:
“A Sra. Acredita em umbanda? Acredita em Macumba?”
Acredito respondi. Só não sabia que o Dr. era Pai de Santo.
Dispensou sua atendente e se dirigiu a mim dizendo:
Você estava tão nervosa que tive que fazer isto. Vou solicitar um exame que será feito aqui, sem anestesia e por mim, não dói, nem faz medo.
Começava ali a credibilidade num Homem que tem por missão salvar vidas, curar almas doentes, porque tantas vezes o corpo nada tem. Foi feito o exame e já tem data marcada para a cura.
Dr. FLORENTINO, por diversas vezes me expressei aos médicos em artigos, poesias, escrevi um ODE AO MÉDICO,
com o tempo e a idade vamos nos defrontando com outras especialidades, outras pessoas, outras cabeças.
Algumas frias, sem almas, mas em sua maioria seres humanos, com sentimentos de vida, respeitando a dor alheia, o MEDO.
Ficarei boa e curada com a permissão Divina, com as bênçãos de Cosme e Damião, médicos, Santa Terezinha, enfermeira que me assistem nesta agonia, mas principalmente pelo Dr. Florentino, que não sei se é Pai ou Filho de Santo, deve conhecer um pouco dos mistérios, das doutrinas, da Psicologia Humana, que deu a mim a credibilidade de sua força, seu trabalho, sua simplicidade.
UM MÉDICO NOTA MIL.
Obrigada Dr. Florentino, por minha sobrinha dois, Tazshida , neta de sua irmã e filha de seu sobrinho Artur, que incentivou dizendo. Tia, você não pode morrer assim sangrando, o Tio Florentino vai lhe curar, tenho certeza, Ele é o melhor.
OBRIGADA, que todos os guias poderosos do astral, Rafael, Pai João, Médico, Cosme e Damião, médicos e Santa Terezinha, enfermeira que acompanham os dois sempre, e toda a falange de cura que o proteja, ilumine e o guarde,
defendendo dos inimigos e de todos os males. Que Deus o abençoe.
Da paciente que venceu o medo diante da confiança do Dr. que que se igualando a Deus cura vidas, almas perdidas...
Manaus, 06 de dezembro de 2010. Ana Zélia
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Nota da autora. Escrevi esta carta com uma finalidade, mostrar a capacidade de um profissional que além dos estudos médicos, deve ter algo mais como Psicologia Humana, conhecimentos espíritas, misticos, porque todo ser é um complexo de matérias vivas,
além das imortais, estamos aqui de passagem, mas de certeza não somos objetos descartáveis, temos alma, a ciência mostra e explica fatos que a vã Filosofia não encontra solução.
Senti na pele o corte de um bisturi a sangue frio, a anestesia ainda não tinha agido, uma cirurgia de quinze minutos, durou quatro longas horas, uma luta entre a vida e a morte, o grito, a dor, a pressão que baixou tanto, o oxigênio exigido e eu tenho processo alérgico a cheiro, vi a Morte tão próxima que não aceito um profissional diante de uma resposta minha de que não faria a cirurgia, preferia morrer, ele respondeu: Istyo é Frescura! Tanto tempo!...
Rogo a Deus nunca precisar voltar a uma sala de cirurgia, talvéz morresse de Medo.O Médico precisa ser antes de tudo HUMANO. É um ser frágil que lhe pede ajuda. manaus, 13.11.2010 (Ana Zélia)
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