Posso, em linhas gerais admitir, que creio ou não, simplifico ou amplifico sem ficar amplamente qualificado à julgamentos. Suponho sempre que, em algum momento adormecerei sem jamais morrer na existência do inconsciente pois é lá que ficarei adormecido, sem ser acometido dos golpes advindos do extremismo do real. No trajeto que faço diariamente entre um e outro, acordo no imaginário e sobrevivo ao real. Existo no subcutàneo e desfaleço nos poros. Exploro o ar e aquieto o coração. Calo as palavras e falo o silêncio no olhar pontual de onde tudo começa e para onde devo retornar sem retroceder. Apenas perder o poder de inalar o ar poluído e expirar as angústias digeridas não absorvidas. Moer os medos e alinha-los para reorganizar toda uma existência.