Usina de Letras
Usina de Letras
146 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62070 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10301)

Erótico (13562)

Frases (50478)

Humor (20016)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6163)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->2. CONSIDERAÇÕES SOBRE A CONSCIÊNCIA -- 19/08/2001 - 06:15 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Agem os mortais segundo prescrições e hábitos que emanam do cérebro. É o campo da vontade a atuar sobre os procedimentos. Sem contradita, estamos sob o domínio daquilo a que denominamos de consciência. De um certo tempo para cá, porém, após estudos da mente invulgar, dos trejeitos muito especiais ou próprios, dados à esquizofrenia, ou às ações não correspondentes ao senso comum, se tem chegado a conclusões atenuantes para o comportamento agressivo ou degenerativo dos usos e costumes. Não são poucos os estudiosos que estimularam a divulgação de teorias designadas como psicanalíticas, de sorte que muita gente se encontra afirmando que fulano agiu mal ou sicrano cometeu um crime, sob influência de acontecimentos remotos do passado, frustrações emotivas quase sempre, ou sustos e temores produzidos por pessoas com o poder da vida e da morte sobre os tais etc. Hoje em dia, é muito comum ouvir de pessoas ignorantes, incultas e sem nenhum estudo, que o pobrezinho não tem culpa por ter agido agressivamente. Justificam-se os atos mais perversos como de revide inconsciente.



Dentro dos processos que se estabeleceram dentro das casas espíritas, sem fundamento, evidentemente, no que se possa extrair das obras de Kardec, quanto aos fatos meramente psicológicos no plano das ciências do comportamento estranho (conhecimentos que se estendem aos indivíduos absolutamente integrados às diretrizes sociais para os pequenos perdões), vemos crescer em importância a desculpa pelas vidas pregressas, para se acolherem como talvez explicáveis alguns desvios de conduta, principalmente quando se suspeita de antipatia, de aversão, de contrariedade contra pessoas, em geral consangüíneas. Dá-se a possibilidade como certeza e ativa-se um conjunto de reações mentais que vão confluir sempre na perspectiva da naturalidade dos eventos destrutivos das relações. Chega-se ao absurdo de se aceitar a separação entre os que se rejeitam como proveitosa para o prosseguimento cármico da vida em desenvolvimento.



Se nós lermos com atenção os textos do Novo Testamento, quer pela palavra do Cristo, quer pelas exposições dos apóstolos, verificaremos que a recomendação se dá no sentido do perdão, da compreensão e da confluência dos espíritos para a reparação dos elos rompidos e para o restabelecimento da amizade. Não vamos reproduzir as palavras de Jesus, por demais conhecidas, mas, se, durante a vida, as pessoas não se reconciliarem, enquanto não no fizerem nos intervalos entre as encarnações, haverão de ficar a marcar passo, sem progresso, porque os seus corações se encontram fechados para a sabedoria evangélica.



Que tem de ver a consciência com isso tudo?



Simplesmente, estamos incentivando a reflexão a respeito do que acima referimos, ou seja, sobre as teorias dos hábitos estruturados sem a participação da vontade, como se se robotizassem os indivíduos sob certas circunstâncias e se deixassem levar pelo influxo das intuições fugidias da mente. É como o que, mudando o que deve ser mudado, acontece dentro do intestino, quando o bolo alimentar vai sendo empurrado, sem a percepção do fato pelo cérebro desperto. Claro está que não estamos propugnando que todos esses fenômenos alheios à decisão voluntária das pessoas se tornem objeto de acompanhamento mental. Mas é do mesmo modo que temos a pretensão de acusar a mente de refratária quanto a avaliar o ódio ou a indisposição contra os seres ao derredor. No caso da digestão, tudo bem: que se faça o mais mecanicamente possível. No caso das antipatias, dos rancores, do mal-estar provocado pelos outros, que tudo seja analisado sob a perspectiva do amor pregado por Jesus, inclusive em relação aos inimigos e aí, tal como o sangue que corre liberto dos pensamentos voluntários pelas veias e artérias (o chamado movimento peristáltico, o que citamos para demonstrar que não nos alheamos de alguns termos científicos — aliás, produzidos pelos sistemas nervosos simpático e parassimpático — fiquemos por aqui...), também o sofrear dos procedimentos hostis se fará automaticamente.



Quem adquirir o hábito, o costume, quem estruturar a mente para a prática das virtudes todas, haverá de constranger o coração a aceitar todos os termos da doutrina espírita, a ponto de facultar o ingresso na carne, quando pleiteado pelos maiores dentro das colônias de cura, educação e socorro, em missionária reencarnação, sem dificuldades opostas pela vontade de serenar as lutas, na busca que todos empreendemos de paz, de harmonia, dentro de parâmetros vibratórios mais condizentes com o ideal cristão que vamos absorvendo durante a existência e que nos faz sonhar com regiões de maior felicidade.



Estamos objetivando que se conclua que a felicidade está sempre ao alcance da mão, quaisquer sejam as condições do momento presente?



Não é tanto assim, mas quase isso. Admitimos que existam momentos de dor, de sofrimento, pelo remorso com que nos atinge a consciência, quando percebemos os preceitos que estimulamos para a prática dos nossos desejos e da nossa vontade (quando aplicamos o nosso livre-arbítrio), em função de satisfazer o egoísmo, o orgulho, a vaidade, os vícios etc. Nesse caso, a vida, na carne e no etéreo, deflagra as conseqüências penosas do sentimento de culpa, rigorosamente favorável ao progresso, quando esclarecido pela descoberta das verdadeiras causas do procedimento desnaturado, mas terrível flagelo da alma, quando se mergulha tão-somente nas conseqüências dos atos falhos, dos pecados, muitos dos quais acontecidos apenas no âmbito da mente, da intenção, daquele subjetivo movimento emocional do coração que pretende haurir benefícios pelo prejuízo alheio, individual ou comunitário.



Por exemplo, estamos tendendo a suspeitar de que deveríamos ter preparado melhor este texto, para dar mais ênfase aos aspectos primordiais do tema, sem estender-nos tanto por descaminhos embrulhados em teses paralelas. Falta-nos melhorar o nível da linguagem, o tônus sentimental, a argumentação lógica, a exemplificação abonadora e tantos outros pequenos segredos retóricos, cujo exame crítico sabemos executar, mas cujo emprego deixamos muito a desejar. No entanto, propomo-nos a estudar e a melhorar esse aspecto, o que nos desobriga do sentimento de culpa, ainda mais porque estamos confessando o que está ocorrendo em nosso íntimo.



A revelação acima tem muito que ver com o estado de atenção permanente que pregamos neste escrito. É o consciente exercendo o devido policiamento das ações, segundo o critério de meticulosa pesquisa íntima, a qual deve coincidir com o que se pratica usualmente na sociedade. Em outras palavras: queremos que prevaleça o bom senso sem contrariar o senso comum, para que este se modifique em função daquele, não apenas para quem estabeleceu o paradigma das ações conscientes, mas também para todos os outros que levantam desculpas pelas práticas inconscientes.



Se os caros leitores se perderam no labirinto desta intrincada argumentação, não terão perdido muita coisa, desde que aceitem Jesus em seus corações. Aliás, não perderam nada.



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui