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Infantil-->Lohrengrin, o filho de Parzival. -- 23/07/2001 - 17:22 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Foco no Absoluto. Focus sullo Assoluto.

texto


A terra dos Brabant, onde vertem as largas correntezas do Schelde e do Reno sobre o Mar do Norte, encheu-se de profundo luto, pois a morte havia chegado para o sábio e justo governante, o duque Gottfried. Por muitos anos ele havia governado o ducado do baixo Reno. O imperador sabia que não podia confiar sem restrições em todos os seus vassalos, como no duque, se levantasse bandeiras contra os inimigos do império. Gottfried, por outro lado, teve vassalos de braços fortes a seu serviço, que apoiaram seu moderado e sábio governo; entre eles, era de sua particular confiança o conde Friedrich de Telramund.
Agora a idade exigia sua paga, as tensões das longas batalhas tinham esgotado a vitalidade do herói. O duque Gottfried sabia que o momento da sua morte estava chegando. Ele sofria por ter que se separar da vida, ao mesmo tempo em que se preocupava ansiosamente pelo futuro de sua filha, Elsa, que nos seus últimos momentos ajoelhou-se perto do seu leito.
— Elsa, amada filha, disse-lhe já insistindo contra suas fracas forças, "o céu me negou um herdeiro masculino porque tua mãe morreu com teu nascimento. Mas eu sei que tu és forte e valente, e sei que tu estás sob proteção de leais vassalos. Chama o conde Telramund para mim...”.
O moribundo ergueu-se de seu leito com suas derradeiras forças e insistiu com seu vassalo para que o vestisse com sua couraça de duque para realizar aquela conversação. Assim, ele assentou-se no trono ao lado de sua bela e jovem filha, enquanto o conde Telramund fazia a devida genuflexão para saudá-lo.
— Chegai mais perto, conde Friedrich, disse o duque e, esperançosamente, mirou nos olhos do forte vassalo. "Nas batalhas mais veementes vós me servistes fielmente", continuou ele, "e na direção de meu brabantino reino eu não poderia confiar em nenhum conselheiro melhor que vós. Agora bate para mim a hora da despedida. . ." Telramund ergueu o braço.
— Não falai assim, misericordioso Sr. Duque. Por muitos anos ainda . . .
O duque Gottfried estava naquele momento como naqueles tempos de homem com pleno vigor.
— Deixai de lisonjas, Conde Friedrich. Nós homens sabemos da inevitável lei da morte, sabemos da extensão de tempo que Deus nos disponibilizou. A morte seria para mim sem sustos se meu coração não estivesse cheio de preocupação com Elsa, que eu deixo para trás, sem proteção paternal.
— Por outro lado, autorizai-me objeção e contradição, Sr. Duque. Vossa filha não está sem proteção. Se jurei perante a Lei minha ajuda em conselho e ação ao Duque, assim tem que ser minha fidelidade. E eu preciso vos assegurar que esta fidelidade continua inalterável, até mesmo se . . . (O duque Gottfried olhou para ele) "... continua inalterável," prosseguiu ele, "até mesmo se o destino vos fizer recordar desta terra! Minha fidelidade também é para aquela que subirá ao trono depois do Senhor!"
O velho duque teve um suspiro de alívio e, olhando para seu vassalo, disse delicadamente:
— Tais palavras são um lenitivo para um moribundo. Eu tenho vossa palavra, Telramund. Agora, deixai-me a sós.
Com respeitoso inclinar, despediu-se o conde do seu Senhor. Quando a porta se fechou atrás dele, o duque cambaleou. Cautelosamente, os criados o conduziram ao seu aposento. Com os olhos completamente em lágrimas, Elsa se curvou sobre o agonizante.
— Tu não podes deixar-me, pai amado, exclamou soluçando e cobrindo o rosto do pai com suas lágrimas. Com profunda emoção, ele olhou para Elsa.
— Não chores, minha querida criança, moderou, "contra a morte, nós somos pessoas sem poder, e eu já não me assusto com ela, desde quando ela me deixou pesada preocupação. Esta preocupação era por ti, filha. . ."
Ela quis interrompê-lo, porém o pai não deixou. Ternamente, suas mãos planaram sobre o seu cabelo loiro; com trôpega voz, ele continuou: "Conde Telramund manterá seu juramento e tu terás como duquesa um protetor leal e conselheiro, tal como ele até agora era o apoio de meu trono. Eu sei, ele é explosivo e de orgulho presunçoso, mas ele nunca titubeará quando tiver que demonstrar sua fidelidade a ti".
O duque Gottfried, movido por suas últimas forças, falou:
— Tu sempre entras em séria angústia, assim, deves recorrer confiantemente ao Imperador Heinrich. Ele é um sábio e forte soberano, sobre todos nós, ele aprecia meu trabalho e minhas ações, e poderá em seu justo juízo fazer seu julgamento...
Quando Elsa ergueu a cabeça curvada, ela viu dois olhos embaçados. O duque Gottfried havia falecido.
Com altas honras, os vassalos levaram o homem amado para inumar. Mensageiros expressos levaram a mensagem ao palácio do imperador e, do mesmo modo, veio depressa a resposta do imperador, designando a filha Elsa como duquesa de Brabant. No corredor principal do palácio, a nova senhora reuniu os vassalos do seu pai, a fim de renovar os votos de vassalagem. Alguns deles gostariam de estar ao seu lado, tendo-a como esposa.
— Ajoelhai-vos e jurai fidelidade de vassalos a mim, tal qual o fizestes em relação ao meu pai, pediu Elsa aos presentes. Obedientemente, os seguidores ajoelharam diante do trono da duquesa e ergueram a mão ao juramento: — Salve a Duquesa Elsa, a Senhora de Brabant!
Porém, com olhar sombrio e impenetrável, apoiado em sua poderosa espada, o Conde Friedrich de Telramund permanecia ereto; ele não fez o voto de fidelidade que Elsa exigia legalmente como duquesa, e mostrou-se não preparado para prestar-lhe a homenagem. A jovem duquesa insistiu com firmeza:
— Vós sabeis o que vosso voto de fidelidade requer de Vós, Conde Telramund", exclamou a duquesa.
— Não sei do que vós estáis falando, Senhora Elsa. Vós sabeis, porém, o que vosso pai pronunciou por último como seu desejo: que eu ficasse ao vosso lado como vosso cônjuge e que subisse ao trono de vosso pai, como duque de Brabant!.
Elsa empalideceu.
— Como são arrogantes vossas palavras. Como ousais mentir de modo tão sórdido?
Telramund olhou para ela impassível:
— Se reverdadeirar-vos, senhora Elsa, então devereis discernir quem está dizendo palavras mentirosas.
Elsa estava atordoada.
— Meu pai sempre vos considerou um vassalo honesto, Conde Friedrich, disse ela calmamente; "Que se desgrace o vassalo que busca tirar proveito da fraqueza de sua Senhora". Com isso, ela se voltou para sair.
— Eu saberei fazer valer o meu direito, replicou Telramund.
A sós, em seus aposentos, Elsa buscou consolo na memória de seu pai: "Quando tu estiveres em angústia, volta-te para o imperador Heinrich", o pai tinha lhe dito. Assim, ela seguiu rápido o conselho de seu pai. A filha do duque mostrava-se confiante no círculo de seus vassalos, e poucos sabiam que seu coração estava atormentado e cheio de dúvida. Em infinitas batalhas o Conde Telramund foi reconhecido como um valente lutador sob a bandeira do duque Gottfried, e o Imperador Heinrich sabia muito bem julgar o desempenho daquele nobre. Também, ele não podia mandar que o famoso vassalo jurasse fidelidade - e com isto satisfazer as exigências de Elsa de má vontade. E por outro lado, qual cavaleiro ousaria contradizer o excelente Telramund?
Preocupações amargas, pesadas dúvidas encheram o coração de Elsa. Que difícil herança o pai tinha lhe deixado! Com que rapidez ela perdia agora o instrumento do seu bem-estar! De mãos juntas, ela se sentou no jardim do castelo e, olhando ao longe, enviou suas orações ao céu. Deus a deixaria sem socorro na sua necessidade? Permanecendo com o olhar fixo num pequenino ponto do céu azul, notou que ele ficou maior e maior, até ficar bem próximo - e, então, um falcão veio do alto éter na sua direção, trazendo um sino de prata sobre o pescoço. A ave pousou mansamente no colo de Elsa. Ela passou-lhe ternamente a mão sobre a sua plumagem macia:
— Tu vieste para dar consolo a minha angústia e às dúvidas do meu coração, ou como mensageiro de um nobre cavaleiro que assume minha necessidade e quer defender minha honra?

Em profundo transe ela visualizou o futuro. Ela se viu diante do imperador; como ele se baseava em milenar linhagem para julgar; ela viu seu olhar cheio de benevolência para julgar com severidade o conde Telramund que insistia em rejeitar sua pretensão, e ouviu o imperador invocar o deus dos julgamentos; ela viu um cavaleiro que portava reluzente armamento de prata, de joelhos, em reverência ao imperador.
— Estou pronto para entrar nas fileiras de Elsa de Brabant, afirmou ele.
A filha do duque, que se assentara no banco de pedra no jardim do castelo, voltou a si. Tinha sido só um sonho, fruto da força de sua esperança. Onde acharia um cavaleiro suficientemente forte e pronto para discutir com o severo Telramund?
Os dias de festa da corte imperial se aproximavam. Desde a cidade de Colônia, à beira do Reno, o Imperador Heinrich, conhecido como "O Pássaro-mor", subiu o rio. E agora sopram os ventos do mar de Norte sobre os galhardetes coloridos e bandeiras na costa do rio protetor. E, frente à sedosa barraca no meio do enorme acampamento, a bandeira imperial tremulou. Nobres de todos os lugares apressaram-se para assistir aquele evento de gala.
O arauto adiantou-se na cabine e mandou soar os trombones.
— Em nome do Imperador, nosso Imperador Heinrich, repetiu ele, "determino que haja silêncio durante o julgamento. Quem tem uma demanda a expor, passe à frente!".
Ele olhou de modo inquiridor para Elsa de Brabant, que se sentou ao lado do imperador e todos seguiram seu olhar e contemplaram com admiração a loira e bela jovem filha do duque, que foi logo se ruborizando de emoção. Porém, antes que pudesse tomar a palavra para dizer sua demanda, levantou-se o Conde Telramund e adiantou-se com sua enganosa demanda até ao trono do soberano.
— Eu peço justiça, soou sua voz ruidosa, "e reclamo contra Elsa, que se nomeia a duquesa de Brabant; seu pai, o duque Gottfried, prometeu-me antes da sua morte que ela se casaria comigo."
— E a duquesa? Voltou-se o Imperador Heinrich a Elsa. Antes mesmo que ela pudesse responder, o conde tomou a palavra novamente.
— Ilegalmente, ela me recusa o matrimônio, retrucou com tristeza. "Ela não quer me ver mais como um prestativo vassalo!"
— Da palavra invocada por um nobre de reconhecida confiança o imperador não pode levantar dúvidas, reconheceu Heinrich. "Porém, é regra de justiça que eu escute também a acusada".
Elsa reuniu todas as forças para representar sua causa com persuasão.
— Eu desejo nada mais que meu direito, disse ela. O que eu afirmo é verdade.
Os olhos do imperador se envolveram com os daquela pura beleza, enquanto ela falava. Ele não podia acreditar que o Conde Telramund, um nobre reconhecido de muitas lutas, cometia um ato de falso testemunho, mas, do mesmo modo, ele estava convicto de que uma filha de duque como a bela Elsa verdadeirava sonoramente.
Como deveria ele, em sua majestade imperial, dar o justo veredito então?
Telramund não recuou, invocou o céu como testemunha quando, ao contestar a demanda da filha do duque, reapresentou sua causa. Também Elsa enfatizou sua afirmação:
— Tal promessa, meu feliz pai que agora descansa na paz de Deus, nunca fez ao conde!"
— Aqui fracassa a sabedoria humana. É impossível medir igualmente tais declarações para fazer justiça. Agora, tenho que decidir em nome de Deus, explicou o imperador.
Com isto, virou-se para o conde:
"Está de acordo, Conde Telramund?"
Apoiando-se no punho de ferro da espada, o demandante esboçou um ar de vitória:
— Eu concordo!
Em seguida, o imperador virou-se para a duquesa:
— E a vós, Elsa de Brabant, eu vos pergunto, estás de acordo com o que o tribunal decidir em nome de Deus também?"
A voz de Elsa não teve a mesma força afirmativa e desafiadora como a de Telramund, porém, ela manteve-se firme: — — Concordo com a divina decisão!.
O arauto subiu à cabina e mandou que soassem os trombones novamente:
— A decisão sobre o litígio do Conde Telramund contra Elsa de Brabant é incumbência de Deus! Exclamou ele. E então ele voltou-se novamente para a duquesa:
— Assim, nobre Senhora, nomeie o militante que a representa em vossa causa.
Elsa ficou coradíssima, de repente. Quem poderia ser nomeado como advogado da sua pretensão? Quem ousaria subir à tribuna, contra Telramund, o valoroso cavaleiro?
— Façamos uma indagação pública, ordenou o imperador. Então, o arauto empunhou seu trompete, levou-o à boca e tocou o sinal de anúncio nas quatro direções do céu.
— Em nome do Imperador, silêncio!
E, com imponente voz, em seguida, anunciou à comunidade dos nobres a disputa de direito, entre a filha do
duque, Elsa von Brabant e Friedrich Graf von Telramund.
— Se alguém está pronto a defender a causa da duquesa que se apresente ao imperador!
Avidamente, o soberano examinou a quantidade de nobres que apareceram. Elsa assentou-se cabisbaixa e não ousou erguer os olhos. Como ela estava desejosa de uma serena palavra do pai naquele momento. No círculo dos nobres fez-se silêncio. Ninguém se apresentou.
Novamente, o sinal do trompete do arauto soou.
— Eu repito a procura, exclamou ele, "para todos aqueles que ouvem".
Novamente, porém, foi em vão a tua fala. Pela terceira vez o homem fez soar seu trompete por todos os quatro ventos, para o leste e oeste, em direção ao norte e ao sul.
— Pela terceira vez, pergunto eu, quem está pronto para lutar voluntariamente por Elsa de Brabant?"
Deveria, então, o julgamento divino, desgraçadamente, decidir contra a filha do duque e legítima duquesa?
Então, repentinamente, ocorreu um movimento na galeria dos espectadores: primeiro, um sussurro e, em seguida, vibrantes clamores.
— Ali! Lá está! Todos os olhares se voltaram para o rio. E viram do Schelde uma barcaça em que estava de pé um cavaleiro que se aproximava, portando vislumbrante armamento. E, oh, milagre: nem velas, nem lemes dirigiam a embarcação — um brilhante cisne prateado puxava-a com correntes de prata.
— Um milagre, um milagre! Ele passou pela multidão que se aglomerou, incrédula e pasma com sua súbita aparecção . O que queria este soberbo cavaleiro da corte do imperador?
Com graça e agilidade saltou o estranho para a praia.
— Agora, agradeço-vos, querido cisne, disse ele com cavalheiresco gesto. "Volta para tua casa agora, para teu divino reino".
Obediente, a ave retornou e dirigiu-se para o alto mar, flutuando rio abaixo. O recém-chegado se aproximou assertivo do círculo dos nobres e da cadeira do trono, genuflectiu ante o imperador e, em seguida, se curvou reverente perante Elsa, a duquesa de Brabant.
— Permitais-me, nobre Senhora, defender vossa causa. Eu vim para vos ajudar em vosso direito.
Profundamente rubra, Elsa acenou com a cabeça para o estrangeiro em sinal de consentimento.
— Eu vos agradeço, Senhor Cavaleiro, disse ela quase sem ser percebida, "e eu me confio a Vós no julgamento sagrado que deverá decidir sobre meu destino".
Elsa suspirou profundamente. Assim, parecia que seu sonho não fora um engano. Também o imperador deu sua aprovação.
— Identificais-vos com o vosso nome atual de cavaleiro, disse ele para o guerreiro que estava pronto para defender da tribuna a honra de Elsa contra o conde.
— Sou Lohengrin", respondeu o magnífico homem, e se curvou cavalheirescamente.
— Ouçam, porém, Vós, bonitas senhoras e Vós, nobres homens aqui reunidos, para o que eu tenho que vos contar. Sobre minha origem, nada posso proclamar. Jurei, conforme os preceitos de minha Ordem, e estes exigem que eu proceda com rígida discrição.
O imperador olhou serenamente para o estranho que quis desafiar o forte e gigantesco Telramund para um duelo.
— Ninguém duvidará do vosso cavalheirismo, disse ele calmamente. Em seguida, virou-se para o arauto.
— Meça os limites imediatamente! O duelo deve começar!
A multidão de nobres e senhoras apressou-se e se apertou ao longo da passagem para presenciar o emocionante duelo que, então, deveria expressar o divino veredito. Só com esforço Elsa soube manter-se calma enquanto ambos os lutadores se enfrentavam. Com medonho ódio e desprezo em seu olhar, assim estava o cavaleiro de Brabant, contra o radiante e juvenil Lohengrin, o misterioso estrangeiro, que trajava seu elmo prateado e brilhante, em forma de cisne.
Ao sinal do arauto, ambos se atacaram. Terrível era a força, com que Telramund golpeava com espada, e era incomum para ele que um oponente resistisse a seus golpes. Porém, o cavaleiro de cisne provou ser um ágil mestre, esperto na esgrima. Os desordenados golpes do brabantino faziam soar fracamente a sua lâmina, e ao mesmo tempo, a arma de Lohengrin caía sobre a proteção do oponente com toda força, até que o gigantesco Telramund cambaleou. Um sussurro de admiração passou pela emocionada multidão. Até então, o conde Telramund não tinha visto ninguém igual no campo de luta. O olhar do imperador pairou sobre a pálida Elsa que, junto a ele, acompanhava a luta. Como representava maravilhosamente o nobre estrangeiro a sua questão de honra...
O conde de Brabant começou a golpear de novo; seu oponente esquivava-se facilmente e devolvia-lhe o golpe. Golpes e contragolpes eram trocados em rápidas sequências - até que Lohengrin atingiu terrivelmente a proteção do pescoço do adversário. O conde Telramund afundou-se nos joelhos. Para o cavaleiro de cisne ficou fácil prosseguir naquela luta mortal.
Mas, então, mostrou para o outro que, além de ser um mestre na esgrima, era também um cavaleiro especial, de atitudes fundamentalmente cavalheirescas. Ele não exigiu a morte do seu oponente. Ele quis apenas quebrar a sua resistência, e assim limitou-se a um sonoro golpe que deixou Telramund esticado na areia. Num instante Lohengrin arrebatou a sua arma, prensou com os joelhos a proteção peitoral do indefeso e exigiu que ele se rendesse.
O conde Telramund acatou o comando do vencedor — e, assim, logo em seguida, saiu o solene veredito do sagrado tribunal: a decisão foi contrária ao conde Telramund e sua palavra foi dada como mentirosa.
— Salve o cavaleiro Lohengrin! ressoou por todo o círculo. "Salve Elsa, nossa duquesa!", bradavam em coro as vozes brabantinas.
O cavaleiro do cisne passou pela alegre multidão e, depois disto, curvou-se perante o imperador e deteve-se ante Elsa. — Duquesa, disse simplesmente, "o duelo, que se deu por vossa honra, terminou. O conde de Telramund não vos insultará mais. Vossa herança está alforriada."
Sobre a face da linda Elsa pairou um flamejante vermelho.
— Recuperastes minha dignidade, nobre Lohengrin, disse ela, "como posso vos demonstrar minha gratidão?"
Quando ele quis responder, foi interrompido pelos gritos da multidão. Eles injuriavam o derrotado Telramund, bombardeando-o com palavras de insulto e ele teve que sair furtivamente dali.
— Uma prova de vossa gratidão, Sra. Duquesa? Lembrou-se Lohengrin das palavras de Elsa. "Então, concedais-me um favor, que muito me envaidecerá, pois eu já ouvira falar da vossa simpática beleza: permitais-me pedir-vos vossa mão, Duquesa Elsa, peço-vos cortesmente vosso amor em casamento."
Ninguém que estava em volta duvidou de qual seria a resposta de Elsa. O Imperador Heinrich consagrou aquela aliança amorosa, da bonita duquesa com o nobre cavaleiro. Com infinita alegria acercaram-se do belo par os nobres e as damas.
Com a presença do imperador foi celebrado o casamento. Antes de Lohengrin conduzir sua bela esposa para casa, ele se lembrou do voto que fez à Ordem dos cavaleiros a que pertencia.
— Nunca me perguntes sobre minha origem, Elsa, disse ele persuasivo, "Nunca! Se tu quebrares este voto, estarei perdido para sempre".
Telramund, em respeito ao império, foi chamado e expulso do país; seu escudo de armas foi destruído e seu brasão aristocrático tornado sem valor. Mas o belo casal vivia muito feliz, visto por todos como um modelo de amor elegante e cavalheiresco, no palácio do duque, "o castelo do cisne" de Brabant. A paisagem abaixo do Reno floresceu sob o reinado deles, que ocuparam o trono juntos. Não havia para o imperador como em quem confiar mais, entre os magníficos príncipes do seu feudo, do que em Lohrengrin, o forte cavaleiro do cisne, porque seu exército de espadachins era a proteção mais segura daquela paisagem nos limites do império. A sorte dos dois se tornou completa pelas duas crianças que surgiram daquela união.
Quando Lohengrin acompanhava com seu exército o imperador, o misterioso cisne voava à frente e conduzia seus guerreiros à brilhante vitória.
Certa vez, o imperador Heinrich voltava de uma campanha contra os sarracenos e abriu sua casa de campo, no médio Reno. Foram feriados brilhantes e cavaleiros fizeram jogos de braços e celebraram a vitória sobre os "incrédulos", e homenagearam o duque Lohengrin pela sua decisiva participação no confronto. Elsa tinha aparecido com as crianças para cumprimentar o amado cônjuge. Com o torneio cavalheiresco, o elogio ao cavaleiro do cisne estava novamente em todas as bocas.
Ninguém poderia resistir à força impetuosa da sua espada e a sua habilidade no modo de lutar. Como doce música, todo elogio que era para Lohengrin ressoava nos ouvidos de Elsa. Mas então, uma voz misturou-se aos aplausos de alegria dos espectadores, tal como venenosa mordida de serpente:
— Como pode um nobre ser enaltecido e premiado, sem que se saiba da sua origem? Cada homem bem nascido tem orgulho de dizer o nome do seu pai. Só quem tem ascendência obscura é que a esconde! Elsa deu uma olhada e reconheceu a esposa de um nobre que tinha ouvido uma vez no círculo de amigos do Conde Telramund. "E de quem esconde algo, dele é permitido a qualquer um suspeitar!" Completou a instigante voz:
— Será que o misterioso Lohengrin, que alcançou o ducado por si mesmo, celebrou um pacto com o demônio?
Somente júbilo ressoava naquele divertido campo, pois novamente o insuperável Lohengrin tinha derrubado o seu oponente na areia do torneio. Porém Elsa não pôde fazer nada contra aquela voz e, contendo suas lágrimas, via que seu esposo se achava em radiante alegria. Em meio à alegria das vitórias, ele não via motivo para se preocupar, porém, as palavras ofensivas eram como uma seta venenosa na alma de Elsa. Elas penetraram cada vez mais profundamente e espalharam dúvidas em cima de dúvidas, elas roubaram a paz do seu coração e todo o sol que tinha irradiado o honrado e feliz casal.
Finalmente, Elsa se viu sem outro caminho em sua dúvida.
— Amado homem, começou timidamente, "pessoas que exaltam o amor entre si não devem ter confiança mútua?" Lohengrin percebeu logo onde sua pergunta queria chegar, e olhou-a como que advertindo:
— Eu é que tenho que fazer esta pergunta a ti, Elsa!
Porém, ela não quis acatar sua advertência.
— Nós não somos culpados se nossas crianças não sabem a origem de seus pais?
Lohengrin a conteve:
— Elsa, respondeu ele, suplicante: "tu estás pondo em jogo nosso feliz matrimônio! Elsa, contém-te!". Porém, ela já não podia mais conter suas palavras.
— Lohengrin, se tu me amas honestamente, revela-me tua origem. Ele cravou os olhos de modo horrível na mulher, a mulher que ele tanto amava.
— Elsa, este é o fim da nossa felicidade. A funesta oração foi dita. Veja lá em cima!
Ela olhou para o rio, na direção apontada pelo seu braço estendido. Calma e comedidamente se aproximou de lá o cisne que ela conhecia, com o barco em que, antes, havia trazido seu amado.
— O cisne, exclamou com a voz embargada, e desmaiou.
— Sim, o cisne! Triste, Lohengrin repetiu.
— Não posso demorar-me. Amorosamente reanimou sua esposa.
— Antes de deixar-te, disse Lohengrin com voz firme, tu deves saber em que tocaste: tu deves saber sobre minha descendência. Assim, ouve! Voltou-se com firme voz aos cavaleiros e ao grande número de senhoras nobres que dele se acercaram — além do imperador que também se aproximou. "Saibam de qual estirpe eu venho. Presta atenção, amada Elsa. Meu pai é Parzival, guardião do Sagrado Gral e Grão-mestre da Ordem do Templo do Sagrado Túmulo. Também pertenço a esta Ordem. Pelas regras da nossa Ordem, nós temos a tarefa de socorrer as pessoas nobres e tirá-las das aflições, tal como amparei a Elsa. Como não posso demorar-me mais, peço-vos, Senhor Imperador, que cuideis de minha amada mulher e minhas crianças órfãs. . .
— Vós tendes minha firme promessa! Disse-lhe o imperador Heinrich. Da praia ressoou o sinal do cisne.
— Já vou, disse Lohengrin.
Profundamente emocionado, abraçou a Elsa inconsolável e suas crianças, cumprimentou gentilmente o imperador e os nobres que estavam em torno dele, e pulou para dentro da barcaça. A ave misteriosa navegou depressa com sua carga para o meio da correnteza e conduziu o esplêndido cavaleiro. Nunca, a ninguém, foi concedido revê-lo.
Elsa, que tinha destruído com a pergunta proibida, de repente, o radiante e feliz casamento, agora sabia o que era sua tarefa. No senso do cônjuge esplêndido, ela governou as terras de Brabant e educou suas crianças, conforme o modelo do pai. Muitas raças nobres que viveram acima e abaixo do Reno, com fama de nobres, foram seus descendentes.
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Lohengrin
Über dem Lande Brabant, wo der Scheldestrom sich mit dem Rhein ins weite Nordmeer ergießt, lastete tiefe Trauer, denn Herzog Gottfried, der weise und gerechte Herrscher, lag im Sterben. Viele Jahre hatte er das Herzogtum am Niederrhein regiert. Der Kaiser wußte, daß er nicht allen seiner Vasallen so unbeschränkt vertrauen konnte wie ihm, wenn er mit wehendem Banner gegen die Feinde des Reiches zog. Herzog Gottfried wiederum hatte waffenstarke Vasallen in seinem Dienst, die seine milde und weise Regierung stützten; unter ihnen galt sein besonderes Vertrauen dem Grafen Friedrich von Telramund.
Nun forderte das Alter seinen Tribut, die Strapazen der langen Kriegszüge hatten dem Helden die Lebenskraft erschöpft. Herzog Gottfried wußte um seinen nahen Tod.
In seinem Schmerz, aus dem Leben scheiden zu müssen, blickte er zugleich mit banger Zukunftssorge auf seine Tochter Elsa, die an seinem letzten Lager kniete.
"Elsa, liebe Tochter", stieß er mit schwindender Kraft hervor, "der Himmel hat mir einen männlichen Erben versagt, denn deine Mutter verschied bei deiner Geburt. Aber ich weiß, daß du stark und tapfer bist, und ich weiß dich im Schutz treuer Vasallen. Ruf darum Graf Telramund zu mir!"
Der Todgeweihte erhob sich mit letzter Kraft von seinem Lager und bestand darauf, daß man ihm zur Besprechung mit dem Lehnsmann die herzogliche Rüstung anlegte. So saß er an der Seite seiner jugendschönen Tochter auf dem Throne, als Graf Telramund ergeben sein Knie vor ihm beugte.
"Tretet näher, Graf Friedrich" sagte der Herzog, und hoffnungsvoll ruhte sein Auge auf dem starken Vasallen. "In den heftigsten Schlachten habt Ihr mir treu gedient", fuhr er fort, "und in der Lenkung meines brabantischen Kronlandes konnte ich mich auf keinen Ratgeber verlassen wie auf Euch. Jetzt schlägt für mich

die Stunde des Abschieds . . ." Telramund hob den Arm. "So dürft Ihr nicht sprechen, gnädiger Herr Herzog. Noch viele Jahre . . .
Herzog Gottfried war in diesen Augenblicken wie in der Vollkraft seiner Mannesjahre. "Laßt solche Einwände, Graf Friedrich. Wir Menschen kennen das unabwendbare Gesetz des Todes, wir wissen von der Spanne Zeit, die Gott uns gesetzt hat. Der Tod wäre für mich ohne Schrecken, wenn mich nicht die Sorge um meine Elsa erfüllte, die ich ohne väterlichen Schutz zurücklasse . . ."
"Erlaubt mir wiederum Einwand und Widerspruch, Herr Herzog. Eure Tochter ist nicht ohne Schutz. Wenn Ihr mit Recht meine Hilfe in Rat und Tat gelobt habt, so seht darin meine Treue zu Euch. Und brauche ich Euch zu versichern, daß diese Treue unwandelbar von Bestand ist, auch wenn . . ."
Herzog Gottfried blickte ihn an: "Fahret fort", befahl er unwandelbar von Bestand ist, auch wenn das Schicksal Euch von dieser Erde abberufen würde! Meine Treue gilt auch dem, der nach Euch Euren Thron besteigen wird!"
Aufatmend blickte der alte Herzog seinen Vasallen an. "Solche Worte sind Labsal für einen Sterbenden", sagte er leise; "ich habe Euer Wort, Telramund. Laßt mich jetzt allein."
Mit tiefer Verneigung schied der Graf von seinem Herrn. Als die Tür sich hinter ihm schloß, sank der Herzog in sich zusammen. Behutsam führten die Diener ihn auf sein Lager. Die Augen voll Tränen, beugte Elsa sich über den Sterbenden. "Du darfst nicht von mir gehen, geliebter Vater", rief sie aufschluchzend und bedeckte des Vaters Wangen mit Tränen.
Mit inniger Rührung blickte er auf Elsa. "Weine nicht, mein liebes Kind", sagte er milde; "gegen den Tod sind wir Menschen ohne Macht, und für mich hat er seine Schrecken verloren, seit mich die drückende Sorge verlassen hat. Diese Sorge galt dir, Tochter . . ."
Sie wollte ihn unterbrechen, doch der Vater winkte ab. Zärtlich glitten seine welken Hände ihr über das blonde Haar; mit brechender Stimme fuhr er fort: "Graf Telramund wird seinen Schwur halten und dir als Herzogin ein treuer Beschützer und Berater sein, so wie er bisher die Stütze meines Thrones war. Ich weiß, er ist aufbrausend und von anmaßendem Stolz, aber nie wird er in seiner Treue zu dir wankend werden."
Herzog Gottfried sprach mit letzter Lebenskraft. "Gerätst du je in ernstliche Bedrängnis, so wende dich vertrauensvoll an Kaiser Heinrich. Er steht als weiser und starker Herrscher über uns allen, er weiß meine Dienste und Taten zu würdigen, und er wird als gerechter Richter sein Urteil sprechen . .
Als Elsa den gebeugten Kopf hob, blickte sie in zwei gebrochene Augen. Herzog Gottfried hatte ausgelitten.
Mit hohen Ehren trugen die Getreuen den geliebten Herrn zu Grabe. Eilboten trugen die Nachricht an den Kaiserhof, und ebenso schnell kam die Antwort des Kaisers, in der er Gottfrieds Tochter Elsa als Herzogin von Brabant bestätigte.
Im Thronsaal des Schlosses hatte die neue Herrin die Vasallen ihres Vaters um sich versammelt, um sie in neuen Lehnseid zu nehmen. Mancher von ihnen mochte wohl wünschen, an ihrer Seite als ihr Gemahl zu stehen.
"Beugt Euer Knie und schwöret mir Vasallentreue, so wie Ihr meinem Vater gedient habt", gebot Elsa den Erschienenen.
Gehorsam knieten die Gefolgsleute vor den Stufen des Herzogsthrones und hoben die Hand zum Schwur: "Heil Herzogin Elsa, der Herrin von Brabant!"
Doch mit finsterem, undurchdringlichem Blick, gestützt auf sein mächtiges Schwert, stand Graf Friedrich von Telramund aufrecht; er sprach nicht das Treuegelöbnis, das Elsa als Herzogin rechtmäßig verlangte, und er zeigte sich nicht
bereit, ihr zu huldigen.
Die junge Herzogin zwang sich zur Festigkeit.
"Ihr wißt, was Euer Treuegelöbnis von Euch verlangt, Graf Telramund", rief sie.
"Mir ist nicht bekannt, wovon Ihr sprecht, Frau Elsa. Doch Ihr wißt, was Euer Vater als seinen letzten Wunsch ausgesprochen hat: daß ich als Euer Gemahl an Eure Seite trete und als Herzog von Brabant den Thron Eures Vaters besteige!"
Elsa erbleichte. "Wie könnt Ihr solche anmaßenden Worte, wie könnt Ihr solche abscheuliche Lüge wagen?"
Ungerührt blickte der Telramund sie an: "Wenn Ihr wahrhaftig seid, Frau Elsa, so müßt Ihr eingestehen, wer hier lügnerische Worte spricht. . ."
Elsa stand fassungslos. "Mein Vater hat Euch stets für einen ehrlichen Vasallen gehalten, Graf Friedrich", sagte sie leise; "Schande über den Lehnsmann, der die Schwäche seiner Herrin auszunutzen sucht." Damit wandte sie sich zum Gehen.
"Ich werde mein Recht zu erzwingen wissen", rief der Telramund ihr nach.
Allein in ihrer Kemenate, suchte Elsa Trost in der Erinnerung an ihren Vater. Wenn du in Bedrängnis bist, so wende dich an den Kaiser Heinrich, hatte der Vater gesagt. So schnell also würde sie des Vaters Rat befolgen müssen!
Selbstsicher zeigte sich die Herzogstochter im Kreise ihrer Vasallen, und nur wenige wußten von den schweren Qualen des Zweifels, die ihr Herz erfüllten. In unendlich vielen Gefechten hatte Graf Telramund sich als tapferer Kämpe unter dem Banner des Herzogs Gottfried - bewährt, und Kaiser Heinrich wußte die Leistung dieses starken Recken wohl zu schätzen. Sollte er nicht auch der eidlichen Versicherung des berühmten Vasallen Glauben schenken - und damit Elsas Forderung ohne Wohlwollen gegenüberstehen? Und zum andern: Welcher Ritter würde es wagen, als Widersacher gegen den ausgezeichneten Telramund anzutreten?
Bittere Sorgen, drückende Zweifel erfüllten Elsas Herz. Welch schweres Erbe hatte der Vater ihr hinterlassen! Wie dringlich vermißte sie jetzt seine hilfreiche Fürsorge! Mit gefalteten Händen saß sie im Garten der Burg, der den Blick in die
Ferne freigab, und sandte ihre Gebete zum Himmel. Würde Gott sie in ihrer Not im Stiche lassen? Ihr Blick blieb an einem Pünktchen im Himmelsblau haften, das größer und größer wurde, es wuchs im Näherkommen - und nun sauste vom hohen Äther ein Falke auf sie zu, ein Jagdfalke, der ein feines Silberglöckchen um den Hals trug. Zutraulich ließ das Tier sich auf Elsas Schoß nieder. Sie fuhr ihm mit der Hand zärtlich über das weiche Gefieder: "Willst du mir Trost zusprechen in meiner Bedrängnis und in meinem Herzenszweifel, oder kommst du gar als Bote eines ritterlichen Mannes, der sich meiner Not annehmen und für meine Ehre eintreten will?"
In tiefem Sinnen ging ihr Blick in die Zukunft. Sie sah vor sich den Kaiser, wie er unter der tausendjährigen Linde zu Gericht saß, sie sah seinen Blick voll Wohlwollen auf den grimmen Telramund gerichtet, der mit abweisender Miene auf seinem Anspruch bestand, sie hörte den Kaiser das Gottesgericht ausrufen, sie sah
einen Ritter, der in silberglänzender Rüstung herantrat und das Knie in Ehrfurcht vor dem Kaiser und dann vor ihr beugte. "Ich bin bereit, für Elsa von Brabant in die Schranken zu treten", sagte er fest. . .
Die Herzogstochter, die einsam auf der Steinbank im Burggarten saß, fuhr auf. Es war nur ein Traum gewesen, den die Hoffnung ihr eingegeben hatte. Wo sollte sich wohl ein Ritter finden, der bereit und stark genug wäre, dem grimmigen Telramund den Anspruch streitig zu machen?
Der Termin des kaiserlichen Hoftages war gekommen. Von der Rheinstadt Köln her war Kaiser Heinrich, den man den Vogler nennt, den Strom hinaufgefahren, und nun wehten am Ufer des Scheldestromes die bunten Kaiserwimpel und Fahnen, und vor dem Seidenzelt inmitten des riesigen Heerlagers flatterte das Kaiserbanner in dem Winde, der von der Nordsee herüberwehte. Von überall waren die Edlen herbeigeeilt, das festliche Ereignis mitzuerleben.
Der Herold trat vor die Schranken und ließ die Posaunen ertönen. "Im Namen des Kaisers, unseres Kaisers Heinrich", rief er schallend, "gebiete ich Stille für den Gerichtstag. Wer eine Forderung vorzubringen hat, trete vor!"
Er sah fragend auf Elsa von Brabant, die an des Kaisers Seite saß, und alle folgten seinem Blick und sahen mit Bewunderung auf die jugendschöne blonde Herzogstochter, deren Wangen sich in der erregenden Spannung lieblich gerötet hatten. Doch ehe sie das Wort zu ihrer Anklage ergreifen konnte, erhob sich Graf Telramund und trat mit seiner trügerischen Forderung vor des Herrschers Thron.
"Ich heische Recht", klang seine Stimme über die Menge hin, "und erhebe Klage gegen Elsa, die sich Herzogin von Brabant nennt; ihr Vater, der Herzog Gottfried, hat sie mir vor seinem Tode als eheliche Gemahlin zugesagt."
"Und die Herzogin?" wandte Kaiser Heinrich sich an Elsa. Doch bevor sie antworten konnte, hatte der Graf wieder das Wort an sich gerissen. "Widerrechtlich verweigert sie mir die Ehe", gab er finster zurück. "Sie will in mir nicht mehr als den dienstpflichtigen Vasallen sehen!"
"An dem Worte, das ein hundertfach bewährter Ritter beschworen hat, kann der Kaiser nicht Zweifel hegen", erklärte Heinrich hoheitsvoll. "Doch die Gerechtigkeit gebietet, daß ich auch die Beschuldigte anhöre."
Elsa nahm alle Kraft zusammen, ihre Sache mit Überzeugungskraft zu vertreten. "Ich begehre nichts als mein Recht" sagte sie. "Was ich ausspreche, ist die Wahrheit."
Betroffen blickte der Kaiser auf die reine Schönheit, die aus ihren Zügen sprach. Er konnte nicht glauben, daß Graf Telramund, bewährt in so viel Ritterkämpfen,
falsches Zeugnis ablege, aber ebenso war er überzeugt, daß eine Herzogstochter wie die schöne Elsa die lautere Wahrheit aussage.
Wie sollte er als Kaiserliche Majestät hier gerechtes Urteil finden? Telramund scheute sich nicht, den Himmel zum Zeugen anzurufen, als er, der Herzogstochter gegenübergestellt, seine Forderung wiederholte.
Auch Elsa blieb bei ihrer Aussage: "Niemals hat mein seliger Vater, der nun in Gottes Frieden ruht, dem Grafen solche Zusage gegeben!"
"Hier versagt Menschenweisheit. Keiner wird sich bei solcher gleichen Aussage anmaßen dürfen, Richteramt zu üben. Jetzt muß ein Gottesurteil entscheiden", erklärte der Kaiser.
Damit wandte er sich an den Grafen: "Seid Ihr einverstanden, Graf Telramund?"
Die Eisenfaust auf den Schwertknauf gestützt, reckte der Gefragte sich siegessicher: "Ich bin einverstanden!"
Da wandte sich der Kaiser an die Herzogin: "Und Ihr, Elsa von Brabant ich frage Euch, seid auch Ihr damit einverstanden, daß ein Gottesgericht die Entscheidung fällt?"
Elsas Stimme hatte nicht die selbstbewußte Kraft des herausfordernden Telramund, aber sie zwang sich zur Festigkeit: "Ich stimme dem Gottesurteil zu!"
Der Herold trat in die Schranken und ließ wieder die Posaunen ertönen:
"Die Entscheidung in dem Rechtsstreit des Grafen Telramund gegen Elsa von Brabant obliegt einem Gottesgericht!" rief er. Und dann trat er wieder vor die Herzogin: "So nennt mir, edle Fraue, den Streiter, der Eure Sache vertritt."
Tiefes Rot zog jäh über Elsas Wangen. Wen sollte sie als Verfechter ihres
Anspruchs namhaft machen? Wer würde es wagen, gegen Telramund, den kampfbewährten Recken, in die Schranken zu treten?"So stellen wir öffentlich die Anfrage", gebot der Kaiser. Da nahm der Herold seine Trompete, setzte sie an den Mund und blies sein Ankündigungszeichen in alle vier Himmelsrichtungen. "In des Kaisers Namen gebiete ich wiederum Schweigen!" rief er. Und mit weithin schallender Stimme berichtete er den versammelten Edlen von dem Rechtsstreit
zwischen Elsa von Brabant, der Herzogstochter, und Friedrich Graf von Telramund. "Ist jemand bereit, die Sache der Herzogin zu verfechten, der trete vor den Kaiser!"
Gespannt blickte der Herrscher über die Menge der erschienenen Ritter hin, mit gesenktem Kopf saß Elsa und wagte nicht, die Augen aufzuheben. Wie sehr entbehrte sie in diesem Augenblick die gütige Zusprache des Vaters! Im Kreise der Ritter blieb es still. Niemand regte sich.
Wieder erklang des Herolds Trompetensignal. "Ich wiederhole die Anfrage", rief er, für jeden vernehmbar. Doch wieder war sein Rufen vergeblich.
Zum dritten Male setzte der Mann seine Trompete an und blies in alle vier Winde, nach Osten und Westen, nach Norden und Süden. "Zum dritten Male frage ich an,
wer bereit ist zum freiwilligen Kampfe für Elsa von Brabant. . .
Sollte sich das Gottesgericht so schmählich gegen die Herzogstochter und rechtmäßige Herzogin entscheiden?
Da - plötzlich ging eine Bewegung durch die Reihen der Zuschauer, ein Raunen erst und dann erregtes Rufen: "Da, da! Alle Blicke wandten sich zum Strome hin. Und siehe: Auf der Schelde nahte ein Kahn, in dem stand aufrecht ein Ritter in schimmernder Waffenrüstung. Und - o Wunder: Nicht Segel oder Ruder trieben das Fahrzeug - es wurde an silbernen Kettchen gezogen von einem silberglänzenden Schwan.
"Ein Wunder - ein Wunder! ging es durch die versammelte Menge, die sich ungläubig und staunend um die unerhörte Erscheinung drängte. Was wollte dieser herrliche Ritter auf dem Hoftag des Kaisers?
Leichtfüßig sprang der Fremde ans Ufer. "Nun sei bedankt, du lieber Schwan , sagte er mit ritterlicher Gebärde. "Kehr jetzt heim in deine himmlischen Gefilde." Gehorsam wandte sich das Tier zur Umkehr und schwamm den Strom hinab, wo er ins weite Meer einmündet.
Der Ankömmling schritt in selbstbewußter Haltung durch den Kreis der Ritter auf den Thronsessel zu, beugte vor dem Kaiser das Knie und verneigte sich dann ehrfurchtsvoll vor Elsa, der Herzogin von Brabant. "Verstattet mir, edle Frau, Eure Sache zu verteidigen. Ich bin gekommen, Euch zu Eurem Recht zu verhelfen."
Mit tiefem Erröten nickte Elsa dem Fremden ihre Zustimmung zu. "Ich danke Euch" Herr Ritter", sagte sie kaum vernehmbar, "und ich vertraue mich Euch an in dem Gottesgericht, das über mein Schicksal entscheiden soll."
Elsa atmete tief auf. So hatte ihr Träumen sie also nicht getäuscht!
Auch der Kaiser gab sein Einverständnis. "So nennt nach Ritterbrauch Euren Namen", sagte er zu dem Recken, der gegen den gefürchteten Grafen für Elsas Frauenehre in die Schranken zu treten bereit war.
"Ich bin Lohengrin", gab der stattliche Mann zurück und verneigte sich mit ritterlichem Anstand. "Vernehmet aber, ihr schönen Damen und ihr hochgeborenen Herren ringsum, was ich euch sagen muß: Über meine Herkunft darf ich nichts kundtun; ich habe die Gebote meines Ordens beschworen, und diese binden mich zu strenger Verschwiegenheit."
Des Kaisers Blick ruhte wohlwollend auf dem Fremden, der den riesenstarken Telramund im Kampf bestehen wollte. "Niemand wird an Eurem Rittertum zweifeln", sagte er ruhig. Dann wandte er sich an den Herold. "Lasset sogleich die Schranken vermessen! Der Kampf soll beginnen!"
Die Menge der Ritter und Damen drängte sich eilfertig zu dem erregenden Waffengang, aus dem nun das Gottesurteil sprechen sollte. Nur mit Mühe wußte Elsa die Fassung zu wahren, als die beiden Kämpfer einander gegenübertraten. Düsteren Haß und Verachtung in seinem Blick, so stand der Brabanter Ritter, in
strahlender Jugendkraft Lohengrin, der geheimnisvolle Fremde; als Helmzier trug er einen silberglänzenden Schwan.
Auf des Herolds Zeichen drangen die beiden aufeinander ein. Ungeheuer war die Kraft, mit der Telramund sein Schwert niedersausen ließ, und er war es nicht gewohnt, daß ein Gegner seinen Streichen widerstand. Doch der Schwanenritter erwies sich als Meister behender, gewandter Schwertkunst. Der ungefüge Schlag des Brabanters glitt an seiner Klinge kraftlos ab, und im selben Augenblick traf Lohengrins Waffe mit voller Kraft den Panzer des Gegners, daß der riesenstarke Telramund wankte. Ein Raunen der Bewunderung ging durch die erregte Menge. Bisher hatte noch niemand Graf Telramund im Kampfe straucheln sehen. Des Kaisers Blick glitt zu Elsa hinüber, die neben ihm mit blassem Gesicht den Kampf verfolgte. Wie herrlich vertrat der fremde Ritter die Sache ihrer Ehre!
Der Brabanter Graf setzte zu neuem Schlag an, sein Gegner erwehrte sich leicht und schlug zurück. Hieb und Gegenhieb wechselten in hastiger Folge - da traf Lohengrin den Widersacher so furchtbar am Halsschutz, daß Graf Telramund in die Knie sank. Für den Schwanenritter war es ein leichtes, nun den Todesstreich folgen zu lassen.
Doch da zeigte er, daß er nicht nur ein Meister im ritterlichen Schwertkampf, sondern auch ein auserwählter Edeling von ritterlicher Gesinnung war. Ihn verlangte nicht nach dem Tode des Gegners. Er wollte nur dessen Widerstand brechen, und so begnügte er sich mit einem Hieb seiner flachen Klinge, der Telramund in den Sand streckte. Blitzschnell entriß Lohengrin ihm die Waffe, setzte dem Wehrlosen das Knie auf den Brustpanzer und forderte ihn auf, sich zu ergeben.
Zähneknirschend gehorchte Graf Telramund dem Befehl des Siegers - und sprach damit zugleich das Urteil des anberaumten Gottesgerichts: Es hatte gegen den Grafen Friedrich von Telramund entschieden, es hatte sein Wort als Lüge entlarvt!
"Heil dem Ritter Lohengrin!" erscholl es ringsum. "Heil Elsa, unserer Herzogin!" erhoben sich die Stimmen zu aufbrandendem Chor.

Der Schwanenritter schritt durch die jubelnde Menge, verneigte sich nach Ritterart vor dem Kaiser und trat vor Elsa hin. "Herzogin", sagte er schlicht, "der Zweikampf, der um Eure Ehre ging, ist beendet. Graf Telramund wird Euch kein Schmähwort mehr sagen. Euer Erbe ist frei."
Über die Wangen der schönen Elsa glitt flammendes Rot. "Ihr habt mir die Ehre zurückgegeben" Ritter Lohengrin", sagte sie, "wie soll ich Euch meinen Dank bezeigen?"
Als er antworten wollte, unterbrachen ihn die Zurufe der Menge. Sie galten dem besiegten Telramund; mit Schimpfworten überhäuft, mußte er sich davonstehlen.
"Einen Beweis Eures Dankes" Frau Herzogin?" nahm Lohengrin die Worte Elsas auf. "So gewährt mir die Bitte, die mich hergeführt hat, weil ich von Eurer
liebenswerten Schönheit reden hörte: Erlaubet mir, daß ich um Eure Hand bitte, Herzogin Elsa, daß ich Euch bitte, mit mir in ritterlicher Minne den Ehebund zu schließen."
Niemandem der Umstehenden war zweifelhaft, wie Elsas Antwort lauten würde. Kaiser Heinrich selber weihte den Liebesbund, als er die Hände der schönen Herzogin und des edlen Ritters zusammenfügte. Mit unendlichem Jubel umringten die Ritter und Damen das schöne Paar.
In Anwesenheit des Kaisers wurde die Hochzeit gefeiert. Bevor Lohengrin seine schöne Frau heimführte, erinnerte er sie an das Gelöbnis, an das er gebunden sei durch das Gebot seines Ritterordens. "Niemals darfst du mich nach meiner Herkunft fragen, Elsa", sagte er mahnend, "niemals. Brichst du dieses Gelöbnis, so bin ich dir auf immer verloren!"
Auf des Kaisers Geheiß war Telramund in die Acht des Reiches getan und des Landes verwiesen; sein gräfliches Wappenschild wurde zerbrochen, sein Adelsname getilgt.
In echtem Eheglück aber lebte das schöne Paar, für jeden ein Vorbild ritterlicher Minne, im Herzogspalast, der "Schwanenburg" von Brabant. Die Landschaft am Unterlauf des Rheines blühte auf unter der weisen und gerechten Herrschaft des Herzogspaares, das gemeinsam den Thron innehatte. Kaum einem seiner fürstlichen Lehnsleute vertraute der Kaiser wie Lohengrin, dem starken Schwanenritter, denn sein Schwertarm war der zuverlässigste Schutz jener Landschaft an der Grenze des Reiches. Das Glück der beiden wurde vollständig durch die beiden Kinder, die ihrer Liebe erwuchsen.
Wenn Lohengrin als Gefolgsmann des Kaisers auf Heerfahrt mit auszog, flog der geheimnisvolle Schwan den Kämpfern voraus und führte sie zum glänzenden Sieg.
Einst hatte Kaiser Heinrich, vom Feldzug gegen die Sarazenen heimgekehrt, sein Hoflager am Mittelrhein aufgeschlagen. Glänzende Festtage und ritterliche Waffenspiele feierten den Sieg über die "Ungläubigen", an dem Herzog Lohengrin ganz entscheidenden Anteil hatte. Elsa war mit den Kindern erschienen, um den geliebten Gemahl zu begrüßen.
Beim ritterlichen Turnier war wieder das Lob des Schwanenritters in aller Munde. Niemand konnte der ungestümen Gewalt seines Schwertes und der behenden Kraft seiner Kampfesweise widerstehen. Wie liebliche Musik klang alles Lob, das Lohengrin galt, in Elsas Ohren.
Doch da mischte sich in den jubelnden Beifall der Zuschauer eine Stimme, die sie wie giftiger Schlangenbiß traf: ,"Wie kann man denn einen Ritter mit Lob und Preis erheben, wenn man nicht einmal seine Herkunft weiß? Jeder hochgeborene Mann nennt mit Stolz seines Vaters Namen. Nur wer von dunkler Abstammung ist, verheimlicht sie!" Elsa blickte sich um und erkannte eine Ritterdame, die einst zum Freundeskreis des Grafen Telramund gehört hatte. "Und wer etwas zu verheimlichen hat, von dem darf man Böses argwöhnen", fuhr die giftige Stimme fort. "Sollte der geheimnisvolle Lohengrin, der sich zu unserm Herzog gemacht hat, etwa mit dem Teufel verbündet sein?"
Soeben klang Jubel über den Festplatz hin, denn wieder hatte der unüberwindliche Lohengrin seinen Turniergegner in den Sand gesetzt. Doch Elsa konnte sich nicht dagegen wehren, daß ihre Augen von Tränen schimmerten, als der Gemahl ihr in strahlender Freude entgegentrat. In seiner Siegesstimmung erkannte er nicht den Grund für ihren Kummer, doch die kränkenden Worte hafteten wie ein giftiger Pfeil in Elsas Seele. Sie bohrten tiefer und tiefer und streuten Zweifel über Zweifel, sie raubten ihr die Herzensruhe und verdunkelten allen Sonnenschein, der dem Eheglück der beiden gestrahlt hatte.
Schließlich wußte sich Elsa in ihrem zermürbenden Zweifel keinen Ausweg mehr. "Geliebter Mann", begann sie zaghaft, "müssen Menschen, die sich Liebe gelobt haben, nicht gegenseitiges Vertrauen zeigen?"Lohengrin wußte sofort, wohin ihre Frage zielte, und blickte sie warnend an: "Diese Frage muß ich an dich richten, Elsa!"
Doch sie wollte seinen warnenden Vorwurf nicht verstehen. "Sind wir es nicht unsern Kindern schuldig, daß sie die Herkunft ihrer Eltern kennen?"
Lohengrin fuhr auf. "Elsa", rief er beschwörend, "du spielst mit unserm Eheglück! Elsa, halt ein!" Aber ihr Wort war nicht mehr zurückzuhalten. "Wenn du mich ehrlich liebst, so sag mir, Lohengrin, welcher Herkunft du bist. . ."
Totenbleich blickte er auf die Frau, die er so liebte."Elsa, nun ist es um unser Eheglück geschehen. Das verhängnisvolle Wort ist gesprochen. Sieh dort hinüber!"
Sie blickte in die Richtung zum Strom, wohin sein ausgestreckter Arm zeigte. Ruhig und gemessen näherte sich von dorther der Schwan, den sie kannte, mit dem Boot, das ihr einst den Geliebten zugeführt hatte. "Der Schwan", stieß sie tonlos hervor und brach zusammen. "Ja, der Schwan", wiederholte Lohengrin düster;"meines Bleibens ist nicht länger." Liebevoll hob er die Frau empor.
"Bevor ich scheide", sagte Lohengrin mit fester Stimme, "sollst du erfahren, was zu wissen dich drängte: du sollst meine Abkunft kennen." "So höret", wandte er sich mit fester Stimme an die Ritter und die Menge der edlen Damen, die ihn - auch Kaiser Heinrich war hinzugetreten - umringten, "höret, aus welchem Geschlecht ich stamme. Vernimm es du, geliebte Elsa: Mein Vater ist Parzival, der Hüter des Heiligen Grals und der Hochmeister des Templeisen-Ordens. Diesem Orden gehöre auch ich an. Nach unserer Ordensregel haben wir die Aufgabe" edlen Menschen in ihrer Bedrängnis beizustehen, so wie ich für Elsa eingetreten bin. Wenn jetzt meines Bleibens nicht länger ist, so bitte ich Euch, Herr Kaiser: nehmt Euch meines geliebten Weibes und meiner vaterlosen Kinder an . . .
"Ihr habt mein sicheres Versprechen", rief Kaiser Heinrich. Vom Ufer her erklang der Ruf des Schwans. "Ich komme" sagte Lohengrin. In inniger Liebe umarmte er die untröstliche Elsa und seine Kinder, grüßte in ritterlicher Art den Kaiser samt den Edlen, die im Kreise standen, und sprang in den Kahn. Das geheimnisvolle Tier steuerte mit seiner Last schnell auf die Mitte des Stromes zu und entführte den herrlichen Ritter. Niemandem war es beschieden, ihn jemals wiederzusehen.
Elsa, die mit der verbotenen Frage ihr strahlendes Eheglück jäh zerstört hatte, wußte, was nun ihre Aufgabe war. Im Sinne des herrlichen Ehegatten führte sie die Regierung des Landes Brabant und erzog ihre Kinder nach dem Vorbild des Vaters. Von diesen entstammen viele adlige Geschlechter, die den Rhein hinauf und hinab mit hohem Ritterruhm gelebt haben.




















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