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Artigos-->3. SUICIDAS INCONSCIENTES -- 20/08/2001 - 07:25 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Temos as nossas dúvidas quanto ao nível de inconsciência que se deposita na verdade daqueles que se matam, sem que o objetivo declarado seja exatamente esse. Temos as nossas dúvidas porque estivemos exatamente curtindo a desgraça de ter estourado os miolos contra a parede, projétil arremessado por meio de veículo motorizado em abuso de velocidade, sem qualquer incentivo de real necessidade, como se todas as manobras me fossem possíveis.



Quando expresso o plural (temos, nossas etc.), falo pela minha equipe de trabalho, cujos elementos, em grande maioria, estiveram em situação semelhante, acusados pela consciência, pela mente e pelo coração, que esse conjunto se reúne para as punições terríveis do báratro. Muitos de nós estaríamos até felizes cá no etéreo, se não suspeitássemos de que a nossa morte tem muito que ver com a vontade de desfazer os liames carnais, ou, melhor dizendo, os compromissos cármicos, porque nos sentíamos coagidos, enquanto por demais voluntariosos.



Esse problema há de surgir, uma hora ou outra, para todos, não tanto no que se refira aos acontecimentos envolvendo as suas pessoas, mas porque deverão auxiliar entidades traumatizadas por essa tremenda expectativa de cair, de novo, na esparrela da vontade indomável.



Caberia narrar diversos casos específicos, mas acredito que o que disse já deu para conceituar o ponto sobre que nos interessa discorrer.



A hora atual favorece o crescimento dessas condições de inferioridade dos raciocínios filosóficos, tanto o materialismo domina as almas dos encarnados. Quem não quer possuir uma simples motocicleta, quando possui um veículo não motorizado? E quem não quer acrescentar ao patrimônio mais a fama de... Vou suspender essa linha de pensamento, porque me dou por satisfeito com a indução das mentes desejosas de me ver aproximar os elementos evangélicos em jogo, ao pensamento menos emotivo, de sorte que se possa caracterizar companheiros em iguais circunstâncias de vida.



O tema me oferece a alternativa da escolha entre falar a respeito dos desarranjos provocados pelo orgulho, pelo egoísmo desabrido de quem não se satisfaz com menos do que a projeção no meio social e estender-me sobre os defeitos de formação da personalidade, por indução educativa da própria sociedade, sem os contornos da formação moral dos lares espíritas ou, lato sensu, cristãos. Poderia inventar soluções muito mais drásticas, lembrando as religiões que condenam o despudorado gesto da rebeldia individual, mas que propugnam como sagrado o ato terrorista a partir do desfazimento da estrutura corpórea pela explosão de cargas de dinamites dispostas sobre os jovens, aos quais se estimulou pela idéia da vingança. Eis que o suicídio se torna patente na descrição do desajuizado extremismo dos que se consideram acima da virtude da benquerença, tanto que não estimam os próprios companheiros de fé, se lhes dão a missão terminal, jogando para Deus a responsabilidade integral do ato.



Outros são levados ao crime oficial, porque atacam forças estrangeiras, militares ou não, provocando mortes e mutilações. Aqui a consciência do ataque enegrece o raciocínio e impede a percepção do suicídio, não pela morte física, mas pela desgraça da condenação de pós-túmulo, que se dará incoercível.



Poderia desenvolver outros tópicos concernentes aos procedimentos de represália, agora no campo da urbe, momento de suprema loucura pelas chacinas produzidas no território ocupado pelos maiorais dos tráficos, seja das drogas, seja das armas, como até bem pouco tempo atrás se via respeitante ao tráfico das escravas brancas, setor que se especializa na derrocada moral a que se levam as crianças, púberes e adolescentes, quando não se esboroa de encontro ao tráfico de órgãos, estúpido meio de se concentrarem recursos monetários.



Desconfiam os leitores de que tenhamos pelo menos um representante de cada tipo de malfeito? Pois é isso o que ocorre com o pessoal do grupo, agora refeito dos sustos das trevas, incapaz, porém, de crescer espiritualmente, sem a contrapartida dos atos de bondade e de misericórdia que deveremos praticar em sucessivas encarnações. Sabem do que mais temos medo? De nos tornarmos vítimas desses mesmos disparates mentais, como se a natureza cobrasse a todos pela mesma moeda.



Daqui o arrependimento mais sentido, porque chegamos a suspeitar de que Deus é deveras aquele ser vingativo das Antigas Escrituras, que arremessará contra os maus a maldade dos que desejam que estejamos navegando no mesmo barco furado. Quando descobrimos que o Pai é todo amor e perdão e que nós é que fomos os culpados dos revides cármicos para obtermos a compreensão do sofrimento que espalhamos, ficamos apalermados, tendo como primeiro impulso o desejo de vasculhar as vidas pregressas, para conhecer o quanto fomos arruinados em outras investidas, para que tivéssemos a aspiração imbecil do revide, até sem saber contra o que nos arremessávamos.



Eis que o texto vai culminando, cru, áspero, ilógico, impróprio para dar seguimento às mensagens tão lúcidas das turmas que nos precederam, inclusive não condizente com o relativo equilíbrio dos que aqui já se leram. Então, vou revelar um dos objetivos da turma, que incrementei e que vislumbrei como o mais adequado para pôr medo nos corações que, como os nossos, pairam à distância dos ensinamentos de Jesus, qual seja, o de descodificar os tópicos pela rama, oferecendo possibilidades de entendimento múltiplo, segundo os níveis de percepção dos diversos encarnados, já que as conotações se abrem em leque de possibilidades, ao contrário deste feixe concentrado pela terminologia especializada.



Agora é que muitos vão entender menos ainda, por causa dos impulsos tão diferenciados, tão argutos pela singeleza e tão obtusos pela complexidade. Acho que, se vier a ser lido por quem esteja viajando (no sentido de quem absorve os produtos da alucinação e da perversão), poderei auxiliá-los a compreender o quanto de mal estão causando aos seus organismos psíquicos (físicos não preciso dizer), a conferir mais além (mais aquém, no meu sentido), de forma que não resta a menor dúvida.



Alegro-me que meu escrito tenha passado pelo crivo dos mentores e sido transmitido, mais ou menos do modo pelo qual eu o entendia. Restará saber se encontrará meios de chegar sob a vista daqueles a quem me interessa emocionar, a quem me cabe reanimar, ainda que seja através destes quadros de dor, de trevas, de perspectivas tão disparatadas perante os recursos atuais dos que se dispõem a morrer, pensando que a vida é sua, simplesmente, e que não merece ser vivida por honra de quem no-la deu, confundindo-se a nossa cabeça ao julgar que a origem do mal esteja em nossos pais terrenos ou na sociedade que nos escorraça, que nos aflige ou que nos favorece os desvarios.



Não se matem, amigos, nem pelos atos de selvagem violência revestidos de sentimentos de desapego à vida, de coragem e de superioridade de domínio sobre o destino!



Existe um aqui que está se dizendo surfista ferroviário, que caiu do trem, estupidificado pela glória da fagulha que desaparece. Só que sua energia se recompôs, dramaticamente, nos frangalhos do corpo perispirítico, condenado a anos a fio de tormentos.



Paro por aqui, mas não sem antes demonstrar que temos a faculdade de reconhecer os nossos defeitos e as virtudes dos que pautam o proceder pelas normas evangélicas. O mais virá depois. Fiquem com Deus!



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