De todas as formas, tento caminhar no erro e no acerto do passo que me exige um compasso para que possa definir com uma precisão matemática o que não se pode precisar, salvo minha essência devotada no Evangelho Bidiónico. Piso nas minas colocadas sob o solo dos meus plantares e ora explodem, ora silenciam fazendo-me crer que o silêncio é um exercício complexo que se apresenta de forma helicoidal tal qual a estrutura de uma molécula de DNA, que nenhuma falha de pareamento de moléculas deve ocorrer, sob a pena de um julgamento e condenação que me seguirá até a sepultura. Mas meus passos já andam tão letárgicos quanto os meus pensamentos e não sinto mais aquela ansiedade juvenil que tolamente, caminha sobre a passarela da vida a ser ovacionada por inocentemente pensar que a vida está abaixo do palco de desfile e aos pés de uma juventude que acredita no reino onde só os jovens emanam força, sabedoria e juventude. Mas o silenciar e o calar sob certas opiniões seja nossa melhor performance. Vou no passo, vez em quando, caminhando, ou frevando ou pulando de qualquer fogueira que coloque em risco a minha resistência que insiste na luta por dias de paz, calma e leveza na alma, apesar de.... "você, amanhã há de ser outro dia". Assim falou um esperançoso que não perde a estranha mania de ter fé na vida.