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Cartas-->Preciso Dizer -- 15/02/2002 - 14:01 (maria da graça almeida) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Preciso dizer

maria da graça almeida



Não retenha ou represe

os ditos em minha garganta,

nem no peito os meus soluços;

a tranca é um corte no pulso;

a mudez é poço vazio;

a chave, o jazigo mais frio.



Não me aprisione as letras,

nem me esconda o dicionário,

o dizer não possui cadeado,

o sentir já é nó desatado.



Não me ameace o verso

com espinhos ocultos,

a dor é um grão submerso

nos mares dos velhos insultos.



Não me provoque com suas loucuras,

hoje, finjo crer em falsas procuras

e só as desarmo com simples ternura,

posto que a poesia é a figura,

que impune inda flutua

nas amargosas águas

das doces amarguras.



Não queira que me mova

tão só entre seus pontos,

que repinte seus traços,

que reconte seus contos.

Meu rumo é um desaponto?

Cada qual pisa os passos

com largueza, sem percalços.



Deixe que, livre, fotografe

com a lente que mesma eu puser,

responderei pelo mal, se um dia o fizer,

pois que ninguém jamais conduzirá a brisa

que, brejeira, bailando vem,

nem a bobice do vento mais forte

que só leva a poeira aos olhos de alguém.


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