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Artigos-->6. O AMANHÃ REDESCOBERTO -- 23/08/2001 - 07:46 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Nós, que estamos internados nesta colônia plena de luz - para nós, luz é qualquer coisa que nos traga a perspectiva de sanar os males que praticamos - entregamos aos mortais os textos cheios de temor, porque não desejamos constituir-nos em empecilho para nenhum desenvolvimento cármico, caso as nossas teses sejam mal interpretadas e formos tidos como o exemplo mais sadio, mais adequado e mais perfeito, para quantos estejam desejosos de prosseguir nas sendas dos vícios e demais desvios de conduta a que se habituaram e que significam para eles o prêmio, a recompensa mais cobiçada.



Isso certamente se dará com alguns que não estejam dispostos a refletir, a meditar, a se ensimesmarem, um pouquinho que seja, para a avaliação dos pontos mais preciosos dos conceitos que expendemos.



Atrapalha-nos, sobremodo, o desejo de sermos simples, mas esbarramos nos conteúdos que devem ser expressos de modo preciso, de sorte que a redação vai se tornando muito mais pejada de caracteres filosóficos do que gostaríamos. Todavia, que sirva para comprovar que temos recursos mentais de alto gabarito, no tocante a sabermos desenvolver os temas, se não com elegante proficiência, ao menos com desenvoltura.



Também prestamos uma homenagem ao leitor jovem que se dispôs a seguir os malabarismos intelectuais, nestas incertas assertivas, pois os fundamentos silogísticos não passam de arremedos das longas preleções que nos são ministradas pelos mentores, em aulas de extrema boa vontade para com quem não se dedicou com afinco à descoberta da verdade e desliza, quase imbecilizado, pela grandiosidade das fórmulas lingüísticas, sem a correlata profundidade nos pensamentos científicos.



Eis o amanhã a que nos referimos no título.



Se estivéssemos encarnados e nos deparássemos com um texto deste vigor na ênfase da preparação evangélica que propugnamos, sem o competente embasamento teórico, disciplinar, doutrinário, sem as necessárias citações dos ensinos de Jesus, nem a colheita de exemplos nos jardins de Kardec, louvando-nos de mal assimilada condição literária, pela imagética comprometida com o mau gosto, iríamos rejeitar de cara a tentativa de nos levar a proceder qualquer revisão do comportamento, em função das promessas das angústias e sofrimentos do báratro, menos ainda pela alegre oferenda dos momentos de felicidade curtidos em região onde não existem gozos materiais, onde se afirmou que não há distinção entre os sexos, onde o que de melhor se sugere é o trabalho em prol dos semelhantes, quando saberíamos que nós é que estávamos carentes de afeto carnal, de agasalho sentimental, de conforto espiritual.



Pois fique aqui registrada a compreensão das intuições dos jovens e inteligentes leitores, aqueles que, pela genialidade, nem sequer necessitam quebrar muito a cabeça para perceber o quanto estamos defasados em relação aos eventos mundanos do presente, dentro da realidade que dá forma e conteúdo, a um tempo, à existência turbulenta dos que sobrevivem à custa das realizações voluntariosas do ego elevado ao topo máximo da criação universal.



Que o amanhã possa despertar o interesse ou a curiosidade, segundo a afirmação de que a vida após a morte irá eleger as principais características da personalidade de quem reingressa no etéreo, para calcar sobre elas a atuação da consciência, condenando ou exaltando, segundo tenham os indivíduos sabido discernir entre o bem e o mal, em suas infinitas categorias ou etapas, tantas são as nuanças de procedimento que se podem esperar dos viventes. Mas a graduação do pesar ou da alegria será rigorosamente controlada pelos feitos, porque (aqui vai uma citação) a Providência colocou como uma das principais normas cármicas o reconhecimento de que o sujeito deve ser medido segundo as obras que tiver construído. Agiu em consonância com as expectativas evangélicas? Muito bem! Vai receber agasalho numa colônia em que as feridas serão pensadas e o trabalho reconhecido, na forma de benquerença, assistência e encaminhamento para o engrandecimento das qualidades. Ao contrário, deu azo a que os irmãos se vissem prejudicados, desleixou os compromissos a favor de gozos que arruinaram o aparato físico, não cumpriu as diretrizes impressas na consciência, julgando aquela vozinha tão incômoda que a sufocou pelas tribulações e correrias, no apelo de cada instante, para a turbulência mental característica de quem não se permite introjetar na discussão íntima dos valores morais? Então, irá resvalar para a podridão do Umbral ou para a loucura das Trevas, cheio de apreensões, cheio de azedume, cheio de clamores vãos, cheio de sentimentos de amor-próprio ferido, cheio de acusações de toda espécie contra todos os seres conhecidos e desconhecidos, sem arranjar nenhuma amizade em quem confiar, cego para o auxílio que jamais falta, arruinado quanto à vestimenta etérea, sofrendo horríveis dores que parecerão físicas, como no caso dos que, hipnotizados, se acreditam mergulhados em caldeirão de óleo fervente. Nesse local, irá desvairar durante um período de tempo que parecerá não ter fim, até reconhecer que errou, que não agiu como deveria, que poderia, ao menos, ter seguido algum dos padrões normativos da boa cidadania e do respeito ao templo corpóreo, onde se agasalhou o seu espírito durante a peregrinação terrena. Terá, por fim, de discernir a verdade do seu grau de culpa, não para as acusações da consciência, que essas, desde o início, embora não caracterizadas como tais, sempre estiveram presentes, mas para o rogo oportuno e sincero pela ajuda justamente destes protetores e benfeitores a quem chamamos de espíritos bons, de anjos guardiães, de socorristas ou de seareiros da paz do Senhor.



Eis o amanhã que desejamos tornar evidente para os amigos neófitos (principiantes) nos estudos da realidade existencial resultante do confronto entre as aspirações materiais e as realizações espirituais, o que poderá parecer incongruente, disparatado, ilógico ou insólito, pelo menos, dado que o que se propõe como ideológico, normalmente, é o fruto da fantasia, da imaginação, das lucubrações mentais, e o que se dá como pragmático é o desempenho no campo das concretizações materiais. Fique assinalada a aparência do sofisma mas não se perca de vista o interesse que temos em fazer acreditar em que estamos ditando este texto a partir de um plano diferente desse em que os amigos respiram e dão vazão aos pendores impressos no organismo sensório estruturado com os elementos tangíveis e visíveis, apesar dos conhecimentos de que ele (o texto) se muniu de que a matéria não passa, em seus aspectos mais íntimos, em sua essência, de vibrações de caráter energético, em ondas, se quiserem, que perpassam os ingredientes mais sutis de sua composição subatômica.



Enchemos a mensagem de noções não condizentes com o conhecimento mais comum dos jovens que fogem dos estudos. Fizemo-lo com a intenção de ver se conseguimos fazê-los desapegarem-se do ramerrão dos modismos da linguagem idiota de quem não deseja enfronhar-se na hipótese de maior valia dos conceitos científicos ou filosóficos; morais, espirituais ou evangélicos. Estamos descrevendo a nossa alma pela condição dos absurdos praticados, demonstrando, através do exemplo pessoal, que temos motivos muito particulares para vir em auxílio dos leitores. O mais é suposição de mau caráter, de intento de subverter os padrões do Movimento Espírita, de irrisão pelo acentuado personalismo de quem se deseja original e concludente. Pensem o que quiserem, mas lembrem-se de Jesus!



Que a paz do Senhor habite em seus corações!



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