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Artigos-->7. ESPERANÇAS QUE SE CONCRETIZAM -- 24/08/2001 - 07:51 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Quando voltamos à carne, somos recebidos por algumas pessoas. Tais pessoas aceitam-nos, quase sempre, com muita alegria, porque somos esperados e, muitas vezes, requisitados. Sempre que as crianças são repudiadas pelos pais, em geral o pai primeiro, sofrem com as desavenças cármicas a partir da mais tenra idade ou, como anteriormente assinalamos, desde o ventre materno, por sufocação deletéria de muitos ingredientes nocivos à saúde ou por pura rejeição, dadas as mais diferentes causas, dentre as quais as de ordem social, as de ordem psíquica e as de ordem espiritual.



Não nos interessa dissertar a respeito das causas, porque são os efeitos que nos dizem respeito mais de perto, porque somos os que sofremos e os que nos vimos na rua da amargura (rua da amargura - está é das candongas!). No entanto, basta leve questionar junto aos colegas para descobrir que há entre nós todo tipo de problema dessa espécie. O que não há, na verdade, é quem tenha sido albergado com amor.



Se a pesquisa for mais longe, havemos de entender que fomos obrigados ao reencarne, porque necessitávamos de outra passagem para o aprendizado dos deveres evangélicos, o que, é claro, não aconteceu com nós desta equipe. Aos sermos acolhidos em lares problemáticos, íamos curtir a companhia de seres que já não se simpatizavam conosco desde muitas existências. Se há lei que aproxima os seres, é justamente essa da semelhança ou da equiparação das vibrações. Raramente, casais muito felizes dão agasalho e assistência a filhos que representam pregressos adversários. Podem hospedar gente de má catadura, espíritos imperfeitos, para aprender a lidar com pessoas difíceis, no intuito (deles e dos benfeitores espirituais) de resgatar pequenos débitos ou de exercer ação missionária.



Para quem estuda o espiritismo com alguma seriedade, nada do que vimos dizendo é novo. Mas vamos insistir nesta linha porque almejamos conversar com a juventude avessa aos programas moralistas de evidente tendência ao proselitismo. Quanto a nós, levamos com suavidade o objetivo de convencer, porque sabemos que é de grande dificuldade para os encarnados a aceitação pura e simples da exigência do sofrimento, quando o corpo, com seu aparato sensório, com seus recursos de fruição de prazeres, está a incutir no pensamento que tudo a que nos referimos é simples balela, coisa de quem aspira a engrandecer a religião ou a doutrina, destacando-se pelo argumento forte e pelo discurso de arrastão.



Kardec, pelo que sabemos, dizia que as pessoas se deixam convencer, principalmente, pela lógica dos raciocínios, pelas teses aprovadas pela razão fundamentada em bom senso. Mas estas apreciações podem haurir-se diretamente dos textos do Codificador. Por isso é que nos dedicamos a esta linha paralela de transmissão mediúnica, voltados para a declaração de que a vontade é sempre soberana, porquanto a aplicação do livre-arbítrio está embutida na lei do progresso.



Pois bem, as esperanças a que aludimos no título são de diversa ordem, dado que não pleiteamos ter razão sobre a postura intelectual, emocional, materialista, caótica, seja o que for a ser contraposto ao desenvolvimento da tese. O que nos interessa declarar é que as pessoas no mundo se sentem coagidas pela natureza, uma vez que, biologicamente, têm de se submeter aos que as geraram, queiram ou não.



Não estamos derrogando a lei do livre-arbítrio. Queremos afirmar que, se houve a intervenção de espíritos benfazejos ou malfazejos para a constituição da família nos moldes em que ela se formou, é porque existem choques de interesses, existe prevalência de umas vontades sobre outras, existem submissões que devem ser analisadas com a mente aberta para o determinismo dos fatos e para a ingerência dos fenômenos de qualquer natureza no âmbito ou no círculo em que atua a vontade.



Não é verdade que os leitores se empenham por fazer valer a sua opinião sempre (ou quase sempre - este quase marotamente a lembrar que nem sempre dizemos a verdade, nem mesmo a nós mesmos)? Pois aí temos a origem dos conflitos e fim. A partir desse raciocínio, a menos que declaremos guerra total à lógica dos desenvolvimentos filosóficos, temos de nos concentrar no aprendizado das normas mais perfeitas para a supressão dos pontos negativos que nos obrigam a agir em detrimento do sentido evolutivo de nossa natureza divina.



Já perceberam, é claro, que vamos inserindo nos textos as noções que aprendemos cá no etéreo, nesta Escolinha de Evangelização. (Nunca é demais repetir a nomenclatura, conquanto o diminutivo leve a crer que os alunos é que sejam infantes ou que os ensinamentos sejam pueris - paciência! Cada qual deve fazer por descobrir de quem se trata através dos textos, através do exame da obra, para empregar noção já explicada.)



Gostamos muito das orações parentéticas, porque introduzimos temas em conexão com o principal, para a exemplificação do que vínhamos asseverando. No caso derradeiro, enxertamos a necessidade que temos todos de assumir a responsabilidade pelo próprio crescimento espiritual, em todos os sentidos, uma vez que não existirão, a partir de certa idade, pais, instrutores, professores, patrões, chefes, superiores, sacerdotes e tantos outros indivíduos postados acima de nós na hierarquia familiar, profissional, social, moral, espiritual etc., não adiantando, no momento do exame de consciência, querer transferir para outrem os desplantes que cometemos contra todos os princípios normativos da conduta mais consentânea com os desígnios cármicos em jogo.



Quando chegamos a esta altura do ditado, deparamo-nos com um sorriso íntimo de satisfação e recebemos o apoio vibratório dos parceiros, que se mantêm atentos para que o processo de magnetização continue ativo durante o trabalho mediúnico. Eis que se abre mais uma portinha para o salão em que se reunirão os amigos para o baile de formatura. A figura é canhestra, mas nada melhor para exprimir a idéia de que almejamos receber um diploma neste setor, com a finalidade de aplicar os conhecimentos adquiridos no campo socorrista que se abrirá à nossa frente.



A maior aspiração da turma se resume em volver ao plano carnal, mesmo correndo o risco de novas frustrações, para sermos recepcionados em lares equilibrados, onde seremos orientados no sentido de possibilitarmos aos inimigos de agora o retorno à crosta, sob os nossos cuidados. Eis a preparação superior para o rompimento do círculo vicioso das rejeições incessantes e das perseguições dentro das regiões umbráticas.



Quando sentimos, portanto, a mensagem produzida, quando a lemos com o interesse de conhecer seus méritos e seus defeitos, quando verificamos que contém elementos passíveis de serem bem interpretados pelos irmãos encarnados, quando constatamos que avançamos mais um pontinho na direção da verdade, quando suspeitamos de que os mestres estão satisfeitos, porque nos permitem a transmissão, crescem as nossas expectativas de superação dos males e reacendemos a vela da esperança, porque se concretiza mais uma no the-end, no até-breve, no paz-com-Jesus ou no graças-a-Deus com que coroamos o texto.



Será que algum dos leitores acha possível imaginar-se junto ao médium ditando algo parecido com isto?



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