“A verdade é que as primeiras mudanças são tão lentas que mal se notam, e a gente continua se vendo por dentro como sempre foi, mas de fora os outros reparam.” (Gabriel Garcia Márquez)
Vivemos dias em que ser visto é muito mais importante do que enxergar. Dias em que a aparência funciona como um falso espelho da alma. E a manipulação maligna do inconsciente coletivo voltada para atender interesses de consumo e alienação, tem produzido entre nós tragédias e destruições.Tudo aquilo que sabemos sem saber, e fazendo uma analogia com computadores, são como programas-virús que rondam ocultamente em nossas mentes, tem limitado nossos verdadeiros poderes, tem inviabilizado o desenvolvimento das nossas potencialidades psíquicas e espirituais.O momento atual da nossa história, enquanto civilização, tem potencializado o que há de pior na natureza humana.Antídotos? Reconhecer que a dor e o sofrimento e o amor e a esperança estão todos misturados na colheita da vida, e que precisamos separar bem um do outro para vivenciá-los todos em sua plenitude de aprendizados.
Meu afeto pela vida é muito maior do que meu amor a mim mesmo. Viver nesse mundo, nessa terceira dimensão, não é tarefa fácil. Nunca encontrei essa casa livre, ou as portas estavam fechadas e as janelas abertas ou as janelas estavam fechadas e as portas abertas. Mas mesmo assim, sempre consegui ou entrar ou ser visto.
Por isso hoje quando olho, ouço e quando escuto vejo.