“O dinheiro deve ser apenas o mais poderoso dos nossos escravos.”
(Abel Bonnard- Poeta e romancista francês membro da Academia Francesa de Letras)
Como trabalhadores a única maneira de sustentarmos nossas famílias é vendendo nossa força de trabalho. Vendemos nosso tempo em troca de um salário. E pela necessidade de sobrevivência nos alienamos a essa funesta condição de meros vendedores de horas. Mas temos um alento, nós os conhecedores desse mistério, sabemos que o próprio capitalista, o patrão, é também um alienado, desumanizado, pelo seu culto ao dinheiro e ao lucro a qualquer custo.
Existe uma parcela de pessoas que se deixou seduzir e se enganar pela possibilidade de ter acesso a bens de consumo, antes reservados à burguesia ou pequena burguesia, e fica achando que faz parte da “elite”. Doce ilusão para sua própria condenação.As verdadeiras classes dominantes estão gargalhando destes ingênuos que pensam que podem algum dia alcançá-los em termos de usurpação de luxo e poder só porque consomem alguns produtos que antigamente davam as pessoas algum tipo de status e ostentação.
Não se iluda, eles não são mais felizes que você apenas pelo fato de ter muito dinheiro, depois que se ultrapassa um certo patamar de fortuna, a riqueza não altera os níveis da frustração humana. A pressão social faz as pessoas sempre desejarem ter mais dinheiro que os vizinhos e isso os coloca como escravos dessa necessidade de superar o outro perpetuamente.
A riqueza não é uma dádiva, e sim um grande teste, e a maioria dos que a possuem são reprovados porque não conseguem ser tão ricos espiritualmente quanto o são materialmente.