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Cartas-->Fatalidade -- 24/01/2013 - 14:01 ( Andre Luis Aquino) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tirando o caráter mortal da palavra “fatalidade”, mas buscando sua significação menos trágica e sim uma definição mais prática, e que pode ser verificada na história de nossas vidas, essa palavra tem como significado primordial a qualidade de algo que pode ser fatal. E o que é fatal? Fatal é o que foi prescrito pelo destino, é que é decisivo, infalível, irrevogável, improrrogável e inevitável. E de onde viria essa predeterminação? Do acaso? Do azar? Ou da consequência de algum ato negativo de nossas ações? E porque certos sofrimentos que nos causam imensa dor não são originados por nenhuma de nossas ações? Por exemplo, uma criança que nasce como uma grave doença não teria tido tempo para cometer nenhum ato negativo, sua ações negativas não poderiam ter como resultado reações negativas ( Terceira Lei de Newton, ou Princípio da Ação e Reação).
Sartre filósofo francês, defendia que o indivíduo tem uma única existência, de forma que não há vida nem antes do nascimento e nem depois da morte.O que começa aqui termina aqui.Então segundo sua filosofia, fatalidade seria um mero acaso, um infortúnio de quem fosse vitima dela.Já o dogmatismo religioso acredita que a alma, independente da matéria, sobrevive e conserva a individualidade após a morte. Os que morreram em `pecado` irão para o fogo eterno; os justos, para o céu, gozar as delícias do paraíso. O Budismo prega o renascimento ou reencarnação. Após a morte, o espírito volta em outros corpos, subindo ou descendo na escala dos seres vivos (homens ou animais), de acordo com a sua própria conduta. O ciclo de mortes e renascimentos permanece até que o espírito liberte-se do carma (ações que deixam marcas e que estabelece uma lei de causas e efeitos). O espiritismo defende a continuação da vida após a morte num novo plano espiritual ou pela reencarnação em outro corpo. Aqueles que praticam o bem, evoluem mais rapidamente. Os que praticam o mal, recebem novas oportunidades de melhoria através das inúmeras encarnações. Crêem na eternidade da alma e na existência de Deus, mas não como criador de pessoas boas ou más. Deus criou os espíritos simples e ignorantes, sem discernimento do bem e do mal. Quem constrói o céu e o inferno é o próprio homem. Como no catolicismo, os evangélicos acreditam no julgamento, na condenação (céu ou inferno) e na eternidade da alma. A diferença é que o morto faz uma grande viagem e a ressurreição só acontecerá quando Jesus voltar à Terra, na chamada `Ressurreição dos Justos`, ou, então, aqueles que forem condenados terão uma nova chance de ressurreição no `Julgamento Final`. Os que morrerem sem Cristo como seu Deus também receberão um corpo especial para passar a eternidade no lago de fogo e enxofre.
Como resposta as minhas dúvidas espirituais eu intuo que nada é mais individual nessa existência do que o nosso “caminho”, por isso nenhuma filosofia ou religião explicaria ou nos guiaria por si só em nossa jornada pela estrada da evolução. O modo como escolhemos conduzir nossas vidas faz parte da explicação das dificuldades que existem em nosso caminho. Agora entender a fatalidade e o Carma ainda me custará anos e anos de estudo e reflexão. Porque não aceito passivamente explicações do sofrimento de uma criança simplesmente com significados como “a criança nasceu assim porque merecia” ou “foi à vontade de Deus”... A tradução de fatalidade pra mim é destino infeliz. Um destino infeliz já nas altas latitudes da vida é compreensível que seja resultado de ações negativas, mas o que dizer de um destino infeliz de um ser que acaba de nascer? Seria uma simples fatalidade ou o resultado de ações que antecedem essa existência?
O fato é que ao tentar descobrir o sentido do que é uma fatalidade, não importando o que eu encontre, se mais dúvidas ou muitas respostas, a resultante dessa busca é uma força transformadora chamada reflexão.

P.S.: A mesma pulsão que me impele a descobrir o significado da palavra “fatalidade” também atua em meu coração na busca pelo significado de sua antônimo: “miraculosidade” ou algo que acontece e que ninguém acreditava ser possível que acontecesse.
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