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Artigos-->9. ESCRAVIZANDO O MÉDIUM -- 26/08/2001 - 09:22 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


A prerrogativa de desconfiar é de todos. A verdade, aliás, surgirá das questões que se impõem em qualquer dos ramos das atividades humanas. Sendo assim, haverão os irmãos leitores de aguardar que os espíritos que transmitem estas mensagens se definam quanto ao método utilizado junto ao médium.



O sistema de perguntas e respostas nos parece o melhor para abrangermos diversos aspectos. Vamos, pois, imaginar quais seriam os problemas mais eminentes, os pontos de vista mais profundamente apoiados na desconfiança de que o plano espiritual não esteja participando nem com dez por cento dos dizeres. Vamos lá!







P. Quando o médium se dispõe para o trabalho, evoca os espíritos ou apenas se deixa levar pelas inspirações de momento? Quer dizer: os temas são do interesse dele ou são escolhidos pelos mensageiros?



R. O médium que nos serve sabe que está sendo o instrumento da denominada Escolinha de Evangelização, dada a experiência de alguns anos de trabalho. Eis que a sua vontade se conformou às diretrizes estabelecidas pelas diferentes turmas, não conhecendo previamente o teor dos textos nem se irão formar um conjunto, após determinado período de ditados.



P. Poderia o médium interromper, por razões plausíveis, o trabalho, para prosseguir depois, quando voltar a reunir condições favoráveis para o esforço mediúnico?



R. Já ocorreu, por período bastante longo, superior a oito anos, que tivesse ele ficado ausente desta mesa. Posteriormente, em virtude de doenças, também precisou abandonar o posto por alguns meses. Todavia, assim que se dispôs a receber as informações do etéreo, alcançou sucesso e passou a desempenhar as funções de maneira proveitosa para os alunos desta instituição.



P. É verdade que o médium conseguiria elaborar, ele mesmo, os textos, tendo em vista a sua formação universitária? Melhor inquirindo: não seria possível imaginar que as tardes de ditados mais não sejam do que o meio inconsciente de seu intelecto para a formulação de idéias concatenadas e arcabouçadas, como temos visto através dos livros de ficção?



R. Não vamos responder por ele, porque duvidamos que tivesse a vocação da falsidade, o que estaria no fundo da perquirição. Ninguém iria passar anos seguidos escrevendo, para atribuir o fato a seres imaginários. No mínimo, seria ofendê-lo, quanto ao espírito de honestidade e de boa vontade que deseja demonstrar em relação aos amigos da espiritualidade. Contudo, cremos que teria, sim, capacidade para a elaboração de algo até muito melhor do que a maioria dos textos que apanha, porque se dedicaria em tempo integral, quando, para nós, oferece apenas duas horas por dia, o que nos obriga a vir com os rascunhos prontos, quando não com a obra concluída.



P. Por que este interesse súbito por trazer explicações relativas a assunto absolutamente distante dos problemas que vinham sendo levantados?



R. Não julgamos conveniente continuar na linha das exposições mais ou menos moralistas, sem que assumamos inteiramente a responsabilidade pelos conceitos e pelas feias descrições das personalidades dos elementos do grupo. Sendo assim, julgamos oportuno apresentar o nosso ponto de vista a respeito das interferências do encarnado que nos serve, o qual se sente bastante à vontade para, inclusive, ir desenvolvendo esta redação, absolutamente interessado pelo destino dos pensamentos, mas completamente ausente das soluções que vamos apresentando. Não é verdade que o desconfiômetro irá melhor caracterizar-se a partir deste ponto, predispondo-se o leitor a admitir que, verdadeiramente, o pessoal do grupo seja quem se declare, isto é, espíritos que se utilizaram de corpos na Terra e dos quais abusaram, por força de intrigante contextura espiritual argamassada sobre as dificuldades de relacionamento, posicionadas sobre base social de estrutura materialista?



P. Houve alguma idéia que o médium tenha sugerido para que o grupo se voltasse para esta interrupção temática?



R. O que ocorre mais comumente é o contrário. Somos nós que nos postamos junto a ele, em momentos propícios para os intercâmbios informais, e lhe passamos, na forma de intuições, alguns tópicos de futuros ditados, para que ele se afeiçoe à composição. Não raro ocorre pensar a respeito dos temas de forma inteiramente contrária à que lhe será comunicada mais tarde. Este mesmo questionário lhe foi, de certo modo, imbricado no cérebro, tendo ele imaginado que iríamos discutir, pelo método empregado, alguns preconceitos dos espíritas, tendo em vista as recentes leituras que vem empreendendo. Tal aspecto não estaria fora de nossas preocupações, mas afetaria sobremodo o desenvolvimento temático da obra. Fique a explicação para futuras inquirições do leitor, para o que recomendamos a leitura dos livros de Allan Kardec, assinaladamente O Livro dos Médiuns, muito embora o fundamento da doutrina se encontre em O Livro dos Espíritos e o apoio da moralidade cristã se veja em O Evangelho Segundo o Espiritismo. Mas essencial para bem entender-se a qualidade espiritual do grupo e as circunstâncias em que nos achamos cá no etéreo é a leitura de outra obra kardecista, ou seja, O Céu e o Inferno. Para os neófitos, apenas para completar o denominado pentateuco espírita, mas de intragável leitura (quanto à primeira parte) para quem não se tenha preparado convenientemente nos bancos escolares, é o derradeiro trabalho tripartido: A Gênese, os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo.



P. É verdade que existe a obrigação de se encaixarem os livros de Kardec nas obras da Escolinha de Evangelização, para o efeito de se caracterizarem as turmas como de bom nível? Não estarão agindo de forma maliciosa, driblando o aspecto formal, para incentivar, sub-repticiamente, subliminarmente, idéias de desrespeito aos conteúdos doutrinários? Esta mesma questão não está vazada em moldes de superior...



R. Nem vamos concluir a perquirição. Fiquem os irmãos leitores bastante tranqüilos porque, graças a Deus, estamos tornando-nos aptos a discorrer a respeito das virtudes evangélicas e das atitudes decorrentes do amor, da caridade, sob o influxo da paz que somos capazes de haurir por influência direta dos irmãos de luz que nos garantem a estabilidade emocional para a realização destes eventos medianímicos. Caso alguma coisa passar de modo a perturbar o ânimo do encarnado, bastará propor aos seus amigos que discutam o ponto, preferentemente dentro do círculo defendido por entidades benfazejas nos recintos dos centros espíritas, locais de despojamento dos mais ferozes defeitos da natureza humana hoje residente na crosta terrestre, quais sejam, o egoísmo, o orgulho, a vaidade, o amor-próprio, a ganância para as riquezas espirituais sem o correspondente trabalho, a suspeita de superioridade sobre os outros, tendo em vista o bolso recheado ou a cabeça em equilíbrio pela ausência de dúvidas, etc.



P. Está sendo insidiosamente sugerido que as soluções se encontram dentro do Movimento Espírita, em suas casas de assistência social e de atendimento espiritual?



R. Estamos declarando incisivamente que existem muitos núcleos kardecistas que se dedicam ao missionário atendimento dos irmãos carentes, aberto o leque das necessidades para todos os setores da vida física como da vida moral. São muitas as criaturas abnegadas que chegam a níveis de sacrifícios pessoais para a assistência aos necessitados, sendo de se louvar o esforço da formação profissional mais rigorosa, sem as hesitações que seriam de esperar-se se houvesse meramente amadorismo, na tentativa salutar da prática do bem mas sem o apoio da área intelectual. O coração haverá de bater sempre com muito vigor amoroso no amparo das dificuldades alheias, mas cada vez mais se encontram essas casas sob vigilância clínica, para o encaminhamento seguro dos que as procuram.







Não sabemos até que ponto a interrupção poderá afastar os amigos da dramática apresentação dos itens anteriores. Julgamos de bom alvitre parar um pouco para respirar, porque iremos cair de borco nas apreciações mais tristes das defecções espirituais dos companheiros, que hoje já se consideram em vias de ascensão na escala dos valores morais, mas que gostariam de prevenir para o árduo caminho trilhado para chegar a este ponto.



Orem um pai-nosso, o mais comovido que possam, para que possamos ser atraídos por suas vibrações de esperança e de fé, as bases mais sólidas para a prática da caridade redentora.



Que o manto da bondade de Jesus nos agasalhe e que os seus mensageiros de amor nos indiquem o caminho da perene felicidade! Assim seja!



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