Sou perecível ao tempo vivo por um segundo
(Nobre vagabundo – Daniela Mercury)
Se algum dia meu coração humano for auscultado descobrir-se-á que quando bateu desritmado foi pela emoção do sentir, do experimentar essa sensação que temos quando nos damos conta que existimos muito além do nosso corpo.
Amar ao próximo como se ama a si mesmo é um ato humano que se perdeu com o tempo. O individualismo colocou-se entre todos nós, nos apartou daquela necessidade dos primórdios da formação da nossa raça que era de cuidarmos um dos outros. O fato é que o coração humano tem uma séria limitação, pois ele não pode fazer nada sozinho. Depende sempre de outro coração humano que o auxilie e que o ame igualmente para que faça de seu dono alguém feliz e completo.
Quando penso no amor, esse amor fraterno que tanto precisa a humanidade para que seja salva, penso na restrição do nosso coração humano que só ama o que lhe é conhecido, o que lhe é confortável, o que lhe é fácil ou familiar. Amar ao próximo é algo tão desconhecido, inseguro e arriscado para os humanos “modernos” que não faz parte de quase nenhum de nós.
Porém eis que a alma, aquela que anima o nosso corpo, surge com uma resposta sagrada, para cada deserto de tristeza que houver no interior haverá um mar de felicidade na costa, na Terra, ser humano é estar onde o seu coração está e é bom saber que ele nem sempre está onde pensamos que ele esteja, batendo dentro do nosso peito.
O nobre coração humano também está batendo em todos os outros seres deste planeta, afinal somos todos um só.
