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Cartas-->Wal 10E (leitura de livro)* -- 20/07/2013 - 16:27 (Benedito Pereira da Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Wal 10E leitura de livro)*


Prezada Wal, concluí a leitura de seu livro maravilhoso e entusiasmante. Eram 15:04h de hoje (19/07/2013).

a) alegria;

b) nostalgia;

c) diversão;

d) reconhecimento.

Parei na p. 26. Agora prossigo:

● As Brincadeiras e Diversões

I ─ p. 27

a) 1º §, espirituosa narração: jogar finca. Também eu joguei muito;

b) 2º §, campeonatos de pipas, também eu as empinava (no UL, tenho muitos versos em que falo delas);

c) 3º §, as lamparinas só iluminavam o interior das casas (vivi esse clima, ainda bem menino);

d) 4º §, esse parque de diversões ficava em frente à minha casa na Cidade Livre;

e) 5º § Eu corria até a venda e comprava uma garrafinha de Tutti Frutti ─ um refrigerante que havia na época do Crush. Lembro-me, com muita saudade, de que o papai me dava, de vez em quando, um pouco dessa bebida deliciosa, que até aos 18 anos eu tomava com prazer;

f) 6º § Os meus trocados também me davam o direito de comprar "raspadinha" na saída da escola.

II ─ p. 28

∞ Todo o parágrafo: exaltação da cor vermelha.

● A Violência

III ─ p. 29

a) 2º §, Chamavam-nas "mulheres de vida fácil". Fácil ? É claro que não. Se me permite, a metonímia e a comparação enriquecem o período. Tinham outros apelidos; todos de origem popular, porém, carinhosos:

I ─ bondosas;

II ─ damas da meia-noite;

III II ─ mariposas;

IV ─ meretrizes;

V ─ mulheres da:

▪ rua;

▪ vida;

▪ zona;

V I ─ mulheres de:

▪ amor;

▪ má nota;

▪ ponta de rua;

V II ─ mulheres do:

▪ fandango;

▪ mundo;

▪ pala aberto;

V III ─ além de mulheres:

▪ damas;

▪ erradas;

▪ perdidas;

▪ prostitutas;

▪ solteiras;

▪ vadias;

b) 4º §, Guarda Especial de Brasília (GEB). Na realidade, um horror!

IV ─ p. 30

∞ Todo o parágrafo: horrores da GEB.

● Os Insetos e os ratos

I ─ pp. 31 e 32

a) 3º §, Até hoje , sinto-me mal em ambientes fechados, quentes ou escuros. É como se ainda estivesse enrolada nos cobertores para fugir dos ratos. Também temo os ratos;

b) 4º, 5º e 6º §§, narração melancólica dos estragos dos ratos;

● Retratos

I ─ pp. 33 a 40

∞ Todos enternecedores, não há como avaliar um melhor do que o outro.

● O 21 de Abril de 1960

∞ Toda a descrição da p. 41 (encantadora; de igual forma, estive lá e, infelizmente, não me lembro quase nada).

● Discriminação

I ─ p. 42

a) 1º §, qual é esse colégio da Asa Sul? pode falar-me? senti-o muito cruel. Com certeza, não tinha nenhum preparo pedagógico nem psicológico para lidar com pequenos estudantes;

b) 3º §, A diretora me explicou, sem qualquer rodeio, que fui matriculada ali por engano e que aquele colégio não era para mim. Destinava-se a filhos de funcionários, deputados e senadores. Como se Eles fossem melhores e mais íntegros do que meus pais pioneiros, um relojoeiro e uma costureira!

c) 4º §, fiquei assustada e chorei diante dela, porque não tive coragem de enfrentá-la como deveria. (Minha opinião: mulher desse quilate não deve ser diretora de nada, muito menos de colégio);

d) 5º §, Vez por outra, era chamada à diretoria da escola... (humilhação de hoje seria punida com o rigor da lei);

II ─ p. 43

a) 1º §, referências ao Colégio Dom Bosco, no qual, estudei em 1961;

b) 2º §, Pedi a minha transferência para o colégio da Cidade Livre ou Núcleo Bandeirante, que era o lugar para trabalhador viver, estudar e sofrer.

● Operação asa Norte

I ─ p. 44

a) 1º §, Levaram-nos para o final da Asa Norte, num terreno baldio. (Lembro-me de alguns comerciantes também tiveram esse destino);

b) 2º §, No primeiro dia, foi preciso cozinhar no mato, numa trempe feita com pedras e pedações de tijolos;

II ─ p. 45,

a) 1º §, Não sabíamos quase nada sobre elas, mas eram comadres (e prostitutas). Castigo, inocência, espionagem e canção, comovem o leitor ;

b) 2º §, Fui estudar num colégio público conhecido como "Elefante Branco", grande e moderno, aberto a todos, inclusive a filhos de trabalhadores. A mentalidade dos dirigentes educacionais passou a ser menos preconceituosa. Lembro-me com saudade que estudei ali os três anos no ensino médio. Havia professores exemplares. Matérias importantes, além de Matemática e Português, Francês, Inglês, Estatística, Desenho, Organização Social e Política, Contabilidade, Filosofia, Sociologia e tantas outras que ajudaram muito a formar o conjunto de conhecimento de meus todos;

II ─ p. 46

∞ Todo o 2º §. Registro, em especial, a indignação;

● O Primeiro Emprego/O Chefe/O Namorado

a) 1º §, Meu chefe, apesar de jovem, era muito eficiente e severo. (Engraçada a confusão com o borderaux);

b) 2º§, No horário do almoço, enquanto o chefe saía, eu treinava datilografia;

III ─ p. 47

a) 2º §, Fui contratada em 18 de maio de 1966, exatamente no dia em que completei 19 anos. (Nessa época, eu já trabalhava há mais de 10 anos);

b) 4º§, Ele era solteiro e o namoro era sério. Com moça de família, não se brincava;

● Obsessão

I ─ p. 44

∞ o desenrolar do capítulo é assustador ( pp. 50 a 54). Fiquei com vontade de saber qual era esse bairro de que fala (p. 54, penúltimo §);

● Vida Nova/Casamento e Filhos

I ─ p. 55

1º§, Casamo-nos em dezembro de 1968 e fomos morar num apartamento novo, financiado pela empresa em que eu trabalhava. (Provavelmente com 21 anos);

2º §, Meu marido saía diariamente à procura de um novo trabalho. Por uns tempos, o meu salário foi nosso único rendimento disponível para honrar compromissos e despesas básicas. (Naquela época, o desemprego era grande);

I ─ p. 56

1º§, Algum tempo depois, Gotte foi chamado para ocupar a gerência de uma grande concessionária de veículos Chevrolet em Brasília, onde permaneceu durante quase vinte anos;

2º§, Nossa avida começou a melhorar;

II ─ p. 57

1º§, Fiz vestibular e voltei a estudar. Isso não afetou significativamente meu casamento, mas causou-lhe certo aborrecimento;

4º§, Quando comecei a cursar a faculdade, tinha dois filhos. Durante meu curso, tive a Giovana, em 1975, o Rodrigo, em 1976, além de um aborto. Ufa! Na faculdade, me chamavam de "rainha da fertilidade". E eu só tinha vinte e nove anos. (Muita garra dinamismo);

6º§, Senti-me vitoriosa quando concluí meus estudos. (Mais do que vitória, uma bênção!);

● O Romantismo e a Fé

I ─ p. 57

a) 2º §, Dançávamos de rosto colado, trocávamos juras de amor e beijos. (O amor é isso, durante algum tempo. Nada é eterno);

b) 4º§, E nenhuma mulher recebeu em sua vida tanto amor e rosas como eu recebi;

II ─ p. 58

∞ Todos §§ da página 59. Com especial foco no último deles (bodas de cristal);

● O Desgaste do Casamento

I ─ p. 60

a) 3º§, Penso hoje que as discussões e desconfianças entre um casal, mesmo quando esclarecidas as dúvidas, deixam alguns vestígios, algumas manchas e um não sei quê com gosto de fel. (Realidade que às vezes tentamos ignorar);

b) 4º§, Ele e eu tentávamos esquecer os dissabores do dia anterior. Pelo casamento, pelas crianças e para exercitar o perdão. Ou porque não podíamos rezar de mãos dadas guardando mágoas. (Só Deus pode avaliar o que faltou);

c) 5º§, Fui me sentindo insegura, excluída da sua vida e experimentando uma solidão doída mesmo ao lado dele. (Nada ocorre sem antecedentes);

II ─ p. 61

a) 1º §, Estou me sentindo tão só, mas tão só, que se passasse por mim alguém que me olhasse e me achasse bonita, eu o seguiria para onde fosse. (Nunca se menospreze, o pensamento deveria ser o contrário. Pelo menos, e já é suficiente, Deus está conosco);

b) 3º§, Ledo engano! Cegueira de quem não quer ver. Nada era mais como antes! Nem nós, nem a vida, nem os sonhos que sonhamos a dois. (As coisas mudam, e precisamos modificar nosso viver);

c) 5º§, Eu refletia sobre a rotina cantada por Chico Buarque: "Todo dia ela faz tudo sempre igual" e pensava que aquela situação nada a ver conosco; (Rotina pode desgastar não o amor mas tudo);

III ─ p. 62

a) 1º§, Na minha cegueira, eu não admitia o fim do nosso amor e acreditava que as crises sempre passariam. (Isso é característico de que quem muito ama);

b) 4º§, Perdemos a vontade de nos doar em trabalhos voluntários ligados à Igreja. (Sinal claro de o amor já havia acabado);

IV ─ p. 63

a) 2º§, Embora eu não quisesse admitir, nosso velho amor estava roto, cansado. Vinha a tempos adoecendo e amarelando. Havia ficado feio e retorcido, como as folhas de árvores contaminadas. Comecei a fazer terapia e insisti que ele também participasse, o que ele não aceitou. (A terapia é sempre útil, mas fundamental seja entendida como ajuda);

b) 3º e 4º§§, todo o conteúdo. Esposa e companheira de verdade. (Isso é louvável!);

V ─ p. 64

a) 1º §, Conversamos demoradamente e depois com as crianças, dando-lhes garantias do nosso amor incondicional, independentemente de morarmos em casas separadas. (Altruísmo encantador);

b) 2º§, Em março de 1986, nós nos separamos oficialmente. (17 anos e 3 meses durou o casamento?);

c) 3º §, Não resisti a ruptura, sentindo que ainda havia amor dormindo lá no fundo do meu coração. Fiquei estilhaçada, em carne-via, como escrevi depois:

Por isso não gritem,
não façam alarde
nem critiquem o meus sonhar.
Não veem que morri um pouco?

Santo anjo do Senhor, meus zeloso e guardador, que dor!


(Metonímia muito forte!);

d) V ─ p. 65

∞ Todos os §§,

● Crises

I ─ p. 65

∞ Todos os §§,
Com destaque para a frase: Alternava os momentos de tranquilidade com outros de profunda tristeza. (4º §, 1ª e 2ª linhas).

II ─ p. 66, 2º § (final): E fomos felizes, por muito tempo ainda. Até que um dia, percebi que o nosso amor não era o mesmo. (Quando a mulher percebe isso, a realidade é gritante, característica de quem muito ama ou amou).

III ─ p. 67, 2º §: Fui aprendendo e descobrindo que depois do túnel há mesmo muita luz, outros caminhos e outras formas de amar, há solidariedade da família e dos amigos e companheiros de jornada e também outras doutrinas consoladoras. (Realmente, a luz existe. Cabe a cada um de nós ter convicção de disso).

IV ─ p. 68, 3º §: Ele foi morar na casa que construímos juntos, denominada Colina, no setor Park Way, um tanto afastado do centro. Nunca mais me aproximei da Colina enquanto o Gotte morou ali. Era muito difícil ver o local onde planejamos viver felizes , sete. Eu só não sabia ainda que moraríamos naquela casa, cada qual a seu tempo, separadamente. (É isso aí: o mundo dá muitas voltas. Decisão difícil, mas suponho que foi necessária).

V ─ p. 68, 3º §: Entretanto, aflorava no meu coração, em segredo, aquela certeza de que ele continuava a ser o único amor da minha vida. (Linda certeza, que poucos têm). O amor eterno é raríssimo.

● A última viagem

I ─ p. 70, 1º §: Tirei meu vestido de festa e me preparei para dormir. (Julgo, com todo o respeito, que foi um erro); 2º §: Liguei para a casa do Gotte. Queria saber... (outro erro: quem se separa quer distância). 3º§ a 6º §: certamente, fatalidade.

II ─ p. 71: solidariedade.

III ─ p. 72: versos Estrada Portenha (homenagem à cruz de braços abertos, p. 71, último §).

IV ─ p. 72, 2º §: Havia outra pessoa, mas me recusei a vê-la. (Sentimento óbvio).

V ─ p. 73, todos os §§: solidariedade do prefeito, dores, choro, visita aos feridos, caixões lacrados.

VI ─ p. 76, 1º§: Eu tinha tudo para continuar a ser forte... (E na realidade continuou.)

● Meu quinto filho

I ─ pp. 77, 78 e 79, todos os §§ (Emocionante o relato. Prova de conduta honesta e acima de tudo altruísta. No mundo moderno, cheio de elementos gananciosos, poucos fariam o mesmo que você).


● A transformação e a maturidade

I ─ p. 80, 1º §, últimas linhas: O amor que doo não me fará falta, pois a fonte é o meu próprio coração, sempre reabastecido. (Prova de altruísmo profundo.)

II ─ p. 80, 3º §: Vivenciei a beleza de me apaixonar novamente, viver outras histórias de amor com pessoas que me fizeram rainha e com outras que não me valorizaram o bastante; mas todos foram relacionamentos que me enriqueceram, pois me transformaram numa mulher mais sábia, mais compreensiva, tolerante e amorosa. Estou segura de que, uma vez derrubado o mito do amor eterno, todos podemos ser mais felizes, de forma mais leve e menos possessiva, sem prisões nem cobranças. (Concordo com todos os dizeres, menos quando diz: Mais amorosa. Pelo que li e analisei, pude notar que você é muito amorosa; se isso não fosse real, jamais faria algumas coisas que fez.)

III ─ p. 81, 2º §: Nesse processo de vivenciar a liberdade, acabei um dia extrapolando. (Pitoresco o episódio, e quem algum dia não extrapolou?)

IV ─ p. 83, 3º §: Nomadismo. (Não comungo a ideia, mas respeito e admiro.)

V ─ p. 84, 1º §, versos à espontaneidade:

Quero minha mala sempre à porta
Sempre à mão
Por que posso ir
A qualquer momento
A qualquer lugar
Perto ou longe
Para onde queira
Voar meu coração...

(Reforço o comentário anterior: não consigo, e isso é um mal, reconheço, desenvolver nada sem programação; a não ser pequenos projetos.)

VI ─ p. 85, 3º §: Ainda que tenha me tornado uma mulher mais realista e racional, ainda creio nos milagres, na magia, nos sonhos, no amor, no romantismo. (Que bom! Pensar e agir assim somente constrói e auxilia o ser humano a viver mais e ser mais feliz!)

VII ─ pp. 85 e 86, versos à ternura, à delicadeza e à emoção:

O que esse malvado espelho
quer que eu acredite
é que o tempo passou depressa,
mas não me deixo enganar
por seu cronômetro.
O que vejo
É uma menina risonha,
louca por travessuras
a olhar lá fora a rua,
com as mãos espalmadas
no vidro da janela
e olhos marotos,
gulosos,
doida pra fugir de casa
e correr atrás de borboletas...

(Lindos. Que maravilhoso se todos pensassem dessa maneira!)

VIII─ p. 86, 2º §: Assim, diga-me, espelho meu, quem pode ser mais realizada e mais feliz do que eu? (Excelente modo de encarar o espelho. A certeza de que é capaz leva o ser humano às conquistas. Parece-me, salvo, melhor juízo, que conquistamos (pelo menos) a vida.)

Parabéns, querida. Que Deus a abençoe e permita que continue escrevendo histórias encantadoras!

Com a estima e o abraço do
Benedito
















































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