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Cartas-->HINO AO MARINHEIRO. -- 01/09/2008 - 19:50 (Ana Zélia da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

HINO AO MARINHEIRO.

Ana Zélia.

Oh, homens que deixai vossos lares em troca de outro de aço,
de madeira, toras, nada...
Oh, seres mortais que demonstram às vezes não ter sequer corações...
Oh, criaturas que se dividem em simples, vaidosas, egoístas até.
A vós que tanto lutais pelo progresso, pela paz, pela difusão do amor
entre os povos.
A vós que renuncias às carícias de teus familiares, ao conforto de teus lares
Para cruzares mares, singrares rios, corações...
A homenagem de alguém que tem n’alma o vazio de um navio
ou sua grandeza de calado.
Alguém que sente no coração as amarras que te prendem ao cais.
E n’alma um pouco da alma do cais...
Um pouco de marinheiro frutado em seu destino, sem navio, nem cais.
Debruçada sobre as águas paradas de uma enseada sem fim.

Quem me dera marinheiro, pudesses ser sempre porto onde eu pudesse
Encostar-me lentamente e depois da mesma forma afastar-se e seguir meu destino.
Marinheiro, apesar de teu mundo ser redondo e incerto como o vês pelas vigias
Nos costados oscilantes, teu horizonte, cada vez mais distante como vagas se
empinam tal qual os sonhos que não se concretizam

És feliz porque marinheiro não sonha, vive a realidade do momento.
Talvez por isto acompanhe todos os marinheiros com o olhar e sinto-me como
As gaivotas que não podem seguir eternamente o rastro dos navios...

Marinheiro. Nunca queiras ser como navio encalhado num estagnado porto.
Porque é linda e nobre tua missão.
Na guerra ou na paz estás sempre presente.
Tens mil pátrias e não tens pátria.
Tens mil amores e és quase sempre solitário.
Tens tudo e não tens nada...
És feliz como as aves livres, voando alto e enfeitando os céus.
Magoas corações , alimentas ilusões, fazes ao mesmo tempo feliz e
Infeliz as sereias que te tentam encantar com seus cantos maviosos, apaixonados.
Acenas um lenço branco que não passa de quimera, pois a tantos portos não
Retornas jamais.

A ti marinheiro, o desejo de que a Paz e o Amor sejam constantes em ti e aceita
O hino que com carinho dedico a honrosa
Classe Marítima.

Manaus, 13.10.1982

Sempre fui apaixonada pela classe marítima, meu tio era carvoeiro de um navio,

em 1962 saiu de Manaus com destino a Belém e nunca mais voltou. Seu nome era ELIAS MESQUITA DE SOUZA.

Seu último navio RIO JAMARY.

Adoro água, o marulhar das ondas me amedrontam, mas sei que é só à distância,

é um nada ao quebrar nas margens. Beijos Ana Zélia



 

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