Iluí:

Aroldo Arão de Medeiros 

Na festa de inauguração do apartamento de um dos filhos, a cachaça me destravou a língua e resolvi ler uma crônica que havia feito há algum tempo para a nora. Era a denominada “Carne de onça da Analy”. Ela, toda empolgada, pediu que eu lesse a crônica “Ana, li...”, pois havia gostado muito. Fiquei lisonjeado e não me opus ao pedido, mais entusiasmado ainda com a declaração dela.

Uma das ouvintes, amiga da nora, pediu que eu escrevesse uma crônica para ela. Conheço-a pouco, teria dificuldade para, mesmo sem me aprofundar, levar em conta alguns detalhes, como costumo fazer, corriqueiramente, em meus escritos. Resolvi então inventar um pouco (como, aliás, é do meu feitio) e, ao final, declarar o que realmente sinto por ela.

Minha psicologia barata diz que ela já amou muito e está sempre à procura de novas aventuras. E, como boa curitibana, terra dos jardins, esses novos encontros provavelmente a levarão a um local idílico onde conhecerá a felicidade perfeita, tal e qual o Jardim do Éden.

Reparei que todos prestavam atenção em minha leitura e Iluí não perdia uma só palavra que teimava em escapar pela língua já um pouco enrolada, graças ao efeito da canjebrina.

Pois resolvi encarar a tarefa de produzir o texto. Lá vai.

Iluí, eu tentei escrever algo que te agradasse, porém o resultado foi pífio, ordinário, tosco. Estava pouco inspirado, preciso de mais alguns dados para produzir a crônica à altura do que você merece. Só consigo afirmar que todos os presentes à confraternização gostam muito de ti.

Há um dito popular assegurando que, quem pode tenta quem não pode inventa. Eu não consegui nem inventar.

Fica, aqui, o compromisso de produzir um texto, como asseverei acima, que enalteça tuas qualidades, tuas virtudes, que exalte teu comportamento, tão apreciado por todos, que dignifique tua conduta, tua história, que destaque tua alegria contagiante, capaz de nos inspirar e iluminar. 

Promessa feita, promessa que será cumprida! Aguarde.