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Cartas-->A gente não precisa morrer pra provar que viveu. -- 01/04/2015 - 03:48 ( Andre Luis Aquino) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Como é triste você se convencer do próprio engano, de se deparar com as consequências dos próprios erros e se conformar que fez escolhas erradas na vida. Ao menos essa reflexão tem um lado bom, o da possibilidade correção de curso. Porém bem mais terrível do que descobrir nossos equívocos é você descobrir que alguém muito próximo de você, mais próximo que seu pai, seu amigo, seu irmão, sua esposa ou seu filho, ao invés de lhe estender a mão e lhe conceder o perdão por estes desacertos ou falhas, finge estar ao seu lado quando na verdade não está.
Esse é o grande legado da miséria humana, não a material tão óbvia e explicitamente simbolizada na falta de dinheiro e na ausência de posses, mas a miséria espiritual que é oculta, hipócrita e é facilmente disfarçada por máscaras que de tão aderidas a face podem durar décadas, e nos casos mais graves, a vida toda. E ao menos o direito a decepção eu tenho. Ou será que não?
Quando morreu Guimarães Rosa a frase sua que mais se repetia era: “A gente morre pra provar que viveu”, eu com o devido respeito a ele penso justamente ao contrário, a gente não precisa morrer pra provar que viveu. Porque parte da importância da nossa existência está na impressão que causamos nas pessoas, não apenas aquela causada pela nossa aparência, mas por tudo que dissemos, fazemos ou a maneira como agimos. Enfim nosso valor, nossa importância e mesmo nosso fracasso ou sucesso podem sim ser reconhecidos enquanto ainda estamos vivos. Porém muita coisa é dita as nossas costas com intuito de nos prejudicar. Isso é até esperado por pessoas que nos são “estranhas”, mas nunca, jamais por pessoas as quais só esperamos o amor verdadeiro, sincero, franco e que tenha a verdadeira capacidade de perdoar. Diante dessa dor, todos os meninos tristes se parecem comigo. (Afirmação que se parece dramática ao extremo, porém a queixa do outro sempre nos parece dramática demais enquanto a nossa lamentação é sempre justa e na medida certa).
E essa ferida sangra não apenas porque o que eu digo busca ser o mais verdadeiro possível, mas porque alguém que deveria sentir orgulho, mesmo apesar das minhas falhas, das quais não escondo e imploro perdão, não importa se pelas minhas costas ou olhando nos meus olhos, sem nenhuma cerimônia, não perde a oportunidade de me esfaquear.
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