É Shebory, você nos deixou. Tão precocemente, que é difícil acreditar. Ontem cantaram nossa música. Lembro, quando nas reuniões de família meu soprano alto e seu contralto poderoso, deixava todos embevecidos, e como pediam para cantarmos mais. Ontem eu só chorei sua ausência. Não pude estar ao seu lado, afinal, não acreditava nesse fim. Não houve despedida em seu leito. Pra mim, ficará a lembrança das boas gargalhadas durante o almoço, da voz potente, sem dúvida, da boa esposa e boa mãe. Lembro de seu pai dizendo que Deus havia lhe dado esse dom pra que pudesse pregar a palavra nas praças, mesmo sem microfone. Você fará muita falta para os que lhe amam. A partir de agora, cantarei sozinha. Haverá apenas a lembrança de sua voz em meus pensamentos. Doce beijo.
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