Nada
maria da graça almeida
Tudo
tão pouco,
tão rouco,
tão ralo,
tão fraco.
Um paco.
Aonde anda
a euforia?
Pra onde foi
a fantasia?
E dormem
e dormem.
E dormem,
alcoolizadas
pelo tempo
da indolência
que as consome.
Tudo
tão tolo,
tão pouco,
tão parco,
tão louco.
Opaco.
Menor
a palavra,
maior
o buraco.
Ínfima
a lavra,
supremo
o caco.
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