Viagem
Estranha paisagem no subconsciente
a me hipnotizar,
picos enormes elevam-se
no emaranhado disforme do
que é lógico de se explicar.
A mente viajava, distâncias sem fim,
estava instantaneamente ora aqui,
ora ali.
Olhei assustado,
um sentimento se agigantou
tal qual bravio furacão,
fui levado então,
ao refúgio iluminado da paixão.
Clamei por minha espada,
trovejei com fio reluzente no céu sombrio,
quis retroceder,
achar uma muralha pra me esconder.
Tudo em vão,
a força da razão se manifestou,
fraca, escassa,
completamente sem expressão.
Entreguei-me, rendi-me,
no tablado da paixão
dancei todos os ritmos,
ditames da imaginação.
Veio o tempo e esperou...
deu-me sua mão...
me resgatou.
Ricardo Marques |