Se homem e mulher têm a mesma capacidade intelectual e ambos necessitam de relacionamentos amorosos, por que tanta disputa e rivalidade quando se unem através do casamento?
Para o autor a causa principal da desavença entre os casais é a inveja recíproca. Segundo ele o amor e a inveja têm uma origem comum: a admiração. "Desta forma, duas pessoas unidas por recíproca admiração, ficam sujeitas a uma força de atração derivada do amor e a outra de repulsão derivada da inveja; estabelece-se um estado de equilíbrio, no qual a vinculação é incompleta, insatisfatória - mas a separação é sofrida e dolorosa - e, por isso mesmo, costuma ser evitada".
A entrada da mulher no mercado de trabalho, marcado por uma competição desvairada entre os homens para obterem sucesso e assim serem admirados e aceitos por elas, não melhorou muito a situação da mulher porque elas estão perdendo a capacidade de raciocínio intuitivo, mágico e místico que possuem, sufocado pelo raciocínio lógico e prático exigido pelo trabalho, muitas vezes alienado, a que se submetem e que nada têm a ver com sua natureza sensível e amorosa.
Para o autor a inveja no homem, por não se sentir desejado é primária e básica, enquanto a inveja na mulher é secundária. E as dificuldades de relacionamento entre os dois derivam da forma como homens e mulheres interpretam as diferenças sexuais entre eles.
Como o nosso psiquismo tende a valorizar o que está nos faltando e menosprezar o que temos, haverá sempre frustração e inveja agravadas quando o homem não tem suas necessidades básicas satisfeitas.