À noite, o sangue escorrendo
Do veado agonizante,
E o povo todo correndo
Em busca de um socorro
Que chegou, mas não chegou.
Foi tardio, mesmo que a tempo.
E o veado que corria,
Às 17 horas do dia,
Agora não corre mais.
Assustado pela turba,
Quando comia capim,
Correu pela praça afora
E, sem conhecer sinal,
Atropelado foi, na hora.
O socorro foi chamado,
Veterinário apressado,
Costurando do veado,
A barriga cheia de capim.
O bicho, então deitado,
Levanta e tenta dopado
Ficar de pé? Nunca mais.
A polícia tem um destino
Para Tom, que a esta hora,
Mesmo morto deste jeito
É reclamado pelo povo
Para fazer de seu corpo
De veado, prato perfeito!
(cida piussi- 1996- SSA)
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