Marina
maria da graça almeida
Marina, pequena Marina,
clarinha tal fosse o luar!
Marina, tão doce menina,
seu riso põe dança no ar!
Aos quadros, levou-me em prosa,
assim como ao quarto e ao jardim.
Seu carro em hortênsias e rosas,
graciosa, rodou para mim!
Chamou-me pra olhar a lagarta,
medrosa, tampouco a atendi,
tentando ocultar de Marina,
o susto e o temor que senti!
Marina, pequena Marina,
criança que não se pintou,
nasceu com os lábios pintados
no tom em que um anjo os criou.
Marina, menina Marina,
sorriso aberto de mar,
cabelos pintados de sol,
a tarde tingiu seu olhar.
Marina, doce esperança,
semente insistente da dor,
com muito carinho plantada,
regada com as graças do amor.
Ao vê-la, correndo sadia-
um sonho tão bem planejado-
reafirmo que a força da vida,
dá vida aos sonhos sonhados!
Maria da Graça/ 02/02/2000
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