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Artigos-->Eleições e Recesso Branco -- 13/08/2004 - 09:28 (João Rios Mendes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Percebe-se tanto na imprensa quanto nas conversas de rua, uma certa inquietação ou insatisfação com o “recesso branco” do Congresso Nacional nestes meses de agosto a outubro de 2004, quando se dá a campanha para eleições estaduais para prefeitos e vereadores.



A idéia vendida à população é de que os parlamentares estão ganhando dinheiro público para não trabalharem, que deveriam estar em Brasília trabalhando normalmente, numa insinuação que as eleições são uma preocupação secundária. Para quem pensa que os parlamentares não estão trabalhando sugiro passar uma semana engajado no comitê do seu candidato, depois conversaremos.



Ora, quem divulga essa idéia de falta de empenho dos parlamentares tem uma visão imediatista da importância das eleições para a democracia e esquece a falta que nos faz um parlamento. Esquece também que os prefeitos e vereadores que estão sendo eleitos serão os deputados federais, governadores, senadores e presidentes da república de amanhã.



Quem se detiver ligeiramente no passado dos atuais parlamentares verá que a Câmara Federal é formada basicamente de ex-vereadores e ex-prefeitos. No Senado estão os ex-governadores e um ex-presidente da república.



Talvez os parlamentares devessem realmente deixar “suas bases” e voltarem a Brasília para fazer jus ao salário que ganham. Mas se isso acontecesse como ficaria a nossa democracia se o que garante a democracia é o debate nas ruas? Ao longo dos tempos reclamamos uma democracia “geral e irrestrita”, felizmente ela está aí.



Para vermos nosso parlamento fortalecido saímos às ruas e pedimos “diretas já”. Respondendo aos nossos anseios, é o Congresso Nacional que hoje sai às ruas.



Todos nós nos queixamos da inércia, da lentidão nas votações, das intermináveis negociações que há no Congresso, só que esquecemos que a negociação é a base da democracia. Sem negociação não há democracia, há ditadura.



O fato de os parlamentares não estarem em Brasília não significa que eles não estão acompanhando o que acontece no Brasil e no mundo. Afinal, quando uma matéria chega ao plenário para ser apreciada quase sempre a votação já foi acordada entre os líderes.



É inegável que o nosso parlamento precisa de reformas, de atualização, sobretudo de idéias. A história mostra que são as ruas que mudam e fortalecem o poder legislativo. Foi da “voz rouca das ruas” que nasceu a necessidade desse poder, pois antes ele era concentrado nas mãos de apenas uma pessoa, que poderia ser o rei ou o Senhor feudal.



Se hoje estamos insatisfeitos com o trabalho de algum parlamentar, se vemos que o nosso eleito não correspondeu às nossas expectativas, não esqueçamos que um dia votamos nele para vereador, prefeito ou deputado distrital, caso do Distrito Federal. Muitos críticos esquecem que é agora que se dá a primeira prestação de contas.



Se hoje achamos o nosso parlamento capenga, ele é a expressão nua e crua da nossa vontade. Fomos nós que elegemos estes legisladores. Por isso toda cautela na hora de escolhermos os futuros vereadores e prefeitos.



Ao apoiarem um candidato a vereador ou a prefeito os parlamentares nas ruas julgam estarem apresentando à população as cabeças com as melhores idéias; cabe ao povo separar o joio do trigo.





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