NULLUM EST ETIAM JAM DICTUM QUOD NON SIT DICTUM PRIUS.
Não há nada que se diga que não tenha sido dito antes.
Esta frase é da sabedoria antiga.
É um aviso útil para os pseudo-intelectuais arrogantes que acham que estão inventando o mundo numa frase banal que copiam ou que reproduzem.
Todo o sábio deve ser humilde e reconhecer que suas palavras ao serem escritas ou proferidas apenas se inserem num intertexto maior sem que necessariamente garantam que vão levar algo de novo aos seus interlocutores.
Nosso esforço de pensar e de escrever é, por isso, uma atividade, antes de mais nada.
No que dizemos ou escrevemos, produzimos uma expressão e tentamos uma comunicação. Nada mais. Ter originalidade é uma coisa muito difícil.
Não vamos nos iludir que pequenas banalidades por nós escritas vão revolucionar o mundo.
Tem que haver por isso uma certa dose de humildade no escritor, no poeta, no pensador, no homem público, no político.
É sábio aquele que se coloca no patamar da consciência crítica, sabendo de antemão o que vale e até onde pode ir. O sucesso literário não é virtude do autor, mas do leitor, sobretudo.
Esta verdade ajuda todo o escritor a se colocar etica e moralmente.