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Poesias-->Crianças de São João Del Rei -- 08/03/2002 - 14:03 (Ricardo Marques) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Crianças de São João Del Rei



Tancredo, levante de sua tumba,

Vem acudir essa turma,

Que não tem pra onde ir.



Vivem em bando,

Feias, maltrapilhas, bonitas,

Todas perdidas, pobres crianças ricas,

Sem esperança nas mãos.



Nas praças disputam com

Pardais, inconformados,

Migalhas de pães atirados por

Gente incomodada.



Abandonadas, tal qual cidade,

Entregues a própria existência da realidade,

Nem imaginam que terras são aquelas

Pisam e lhes fogem aos pés.



Ingênuas, sem destino,

Perambulam nuas pelas ruas,

Abnegadas, meninos vadios,

Morre-se de fome, mutilados,

Sem amparo, alienados.



Passeiam inconscientes entre desconhecidos

Decepcionados, são apenas crianças,

Já nascem adultas, sem infância,

Descrentes de sonhos e ideais.



Não crêem na vida, nem amam essa terra,

Escravizadas pela miséria,

Castigadas na indiferença das Gerais.



Não lembram dos inconfidentes que a história

Fez presente, sabem que a

"Libertas quae sera tamen",

Não virá jamais.



Rimarquesz.
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