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Poesias-->CAMADAS -- 09/03/2002 - 08:22 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Psicografia.

Erro:

jamais tudo poderá ser nada,

pela razão de que tudo está em mim

e o nada também...

São argumentos.;

não são realidade,

apesar de argumentos comprovados ou comprováveis.

Solicito a todos tudo, para que tudo tenha:

nada ninguém não me dará...

Ainda uma vez adeus.

Soluço incerto = interno.

Tristeza - realismo:

o caminho da naturalidade.;

fuga do que não é.;

arranjo sintomático de virtudes não adquiridas em si.;

revolutear em torno de um centro não divisado,

se tudo pudesse acontecer rapidamente

e

certo,

como é certo aquilo em que creio no fundo.

Mas o que é fundo?

Somente um ser poderia resolver,

porque o ser é.

E eu?

Eu imito o ser.

Além de tudo o que pode revelar,

eu estou preso

e jamais alguém poderá fazer-me um libertado,

porque ninguém será capaz de me tornar um eu-não-eu,

como é aquilo por dentro,

que eu imagino

e que não tem uma existência de acordo com a essência de si mesmo.

Antigamente, eu não era.

Mas procuro o outrora.

Agora renego-me.

Soluço.

Soluço.

Soluço.

Ânsia - renego.

Soluço.

Mamãe mandou Maria mastigar a manteiga

mas a manteiga não é mastigável e Maria não mastigou.



Choveu ontem sobre minha cabeça

e a água escorria por entre os cabelos e caía na face

e eu sentia o prazer de escorrer e cair.



Hoje, o sol queimou-me inteiro e eu sinto a dor.

Entretanto, fico eternamente rolando de lá para cá e de cá para lá, sem possibilidades.

Anacoreta do mundo,

homem sem Deus,

sem fé,

sem religião.



Homem, como se fora possível sê-lo apenas assim.

Armava-se um laço para que eu fosse apanhado

mas eu não acreditei

e não acredito

e jamais poderei acreditar.



Se o mecanismo inconsciente resolvesse minha presença de maneira que eu pudesse compreender integralmente,

se tudo pudesse ser revelado,

se eu conseguisse a absorção da Verdade,



eu seria igual à existência,

que é tão forte quanto Deus.



Somente a dor poderá resolver,

porque ela não tem solução.



Ah! Se tudo pudesse ser alguma coisa,

se tudo pudesse compreender em si uma verdade

se tudo pudesse,

mas nada pode,

nada,

nada.



Hoje - amanhã - sempre.

O adiar constante das resoluções,

o prolongar do sofrimento inconsciente,

o não permitir a realização do meu eu,

que quer tudo

e que não encontra nada.



Corajosa é minha empreitada,

vigoroso é meu físico espiritual



e onde está meu espírito espiritual?

Onde?

Existe?

Antes de eu vir para cá, era um pobre pastor.

Hoje sou...

Mas que importância tem o que sou?

Sou! E está acabado!

O importante é ser

e saber disso

e saber que se é, simplesmente

e saber que há possibilidade de ser.



Que capricho:

em qualquer coisa,

uma felicidade,

um artigo indefinido.

O quer que seja - não importa

mas

ser,

ser e realizar-se,

realizar aquilo que for possível,

mesmo apenas um escrito

que se estende,

mesmo uma impressão

que se alonga,

mesmo uma subjetividade

que não se compreende.

E depois?

Depois é abandonar tudo o que se foi e o que se fez:

depois é o depois.



30.11.59.





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