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Poesias-->DESESPERO DO AMOR -- 31/03/2002 - 09:14 (wladimir olivier) |
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Eu estava só, ao pé do regato murmurante
e lembrava-me dos tempos felizes vividos.
Depois vi a água a correr, a correr...
E senti o passar contínuo de mim.
Olhei para o azul do céu mais que puro
e notei a fixidez momentânea da atmosfera.
Fechei os olhos para ver o de dentro em mim
e reconheci sem sentir a felicidade mortal.
Um tiro deve ter ecoado pelo espaço ao redor
e eu me vi lançado sobre a terra fria.
Era a liberdade final das coisas transitórias.
Mas de nada valeu a busca do sem fim
e eu continuei a amar profundamente tudo,
mais ainda, porque tudo estava em mim.
06.05.60.
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