Mãos que teclam pinceladas
Na tela, sonhos surgem do nada,
E os quadros daí gestados,
Como se fossem miragens
Nascidas do ventre de Deus.
Assim, dentre todos os tesouros
De beleza inigualáveis,
Os maiores, os que insinuam
As cores que iluminam o céu.
Palavras tingidas de ouro
Demarcam o nome em fino
E manuseado papel.
É a página delineada,
Bordada horas a fio,
Avançando madrugadas.
As mãos, os olhos, a inspiração
São a marca que atravessa
Tempo e espaço e ainda traça
Iluminuras: Perfil do poeta imortal.
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