POETAS, POETAS...
Poetas, poetas, despertai, despertai
Vamos sair deste sonho lírico
Já de fome o nosso povo se esvai
Vós falando só do amor empírico
Vós, vos vedes de corações partidos
Não olhais os de fome combalidos
Que sob as farpas da miséria e desventura
Se arrastam pelas ruas à procura
Abri vossos corações aos que padeçam
Desse mal que parece não ter cura
Não deixeis que vossos versos emudeçam
Vamos transmitir ao povo mais ventura
Mostrando em verso e prosa nosso protesto
Para que tenhamos um amanhã mais honesto.
São Paulo, 17/04/2005
Armando A. C. Garcia
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